A segurança permanece como uma das principais barreiras para a entrada da transformação digital dentro de empresas, avaliou o presidente CA Technologies para a América Latina, Laércio Albuquerque, em uma conversa com a imprensa durante o CA Virtual Summit, evento que discutiu o tema nesta quinta-feira (03).
Na avaliação do executivo, apesar da conscientização sobre a importância de segurança já estar embutida em grande parte das organizações brasileiras, algumas empresas ainda temem a complexidade de gerenciamento que ambientes digitais trazem para seus times de TI, o que pode adiar a adoção de novas tecnologias em seus ambientes. "Isso acaba fazendo com que muitas empresas se inibam e acabem não aplicando [a transformação digital], elas vão sofrer muito no futuro", comentou o executivo. "O CIO não pode ser mais aquele que bloqueia, ele tem de abraçar, ser o embaixador da tecnologia dentro de suas empresas e mostrar o resultado que isso pode trazer para a área de negócios".
Para combater essas dificuldades e promover a inovação, Albuquerque destaca a importância de que empresas trabalhem com um time dedicado à transformação digital, responsável por repensar modelos de negócios e na adoção de novas tecnologias, seja sob a orientação de um Diretor Digital (CDO) ou através de parceiros de negócios - um processo que vem se tornando cada vez mais urgente, conforme mais e mais empresas iniciam projetos de transformação. "Em todos os segmentos e indústrias existe um percentual de empresas que são masters no mundo digital.
Se você não é, tenha consciência de que alguém no seu setor já é", comentou. "Esse despertar digital tem de acontecer agora, é preciso uma avaliação da própria empresa para traçar planos estratégicos". Apesar dos desafios, o executivo vê com bons olhos o avanço da transformação digital na região. Em mercados como o Brasil a realidade já empurra não só empresas tradicionalmente ligadas à vanguarda de tecnologia, mas também áreas como varejo e indústria à implementação de projetos digitais em suas organizações.
O principal objetivo, nesse caso, é agilizar a entrega de serviços e produtos para seus clientes. Mesmo entre pequenas e médias empresas (PMEs) brasileiras, o executivo já vê um bom nível de adoção de tecnologias digitais tanto entre organizações antigas, que têm buscado alternativas criativas para inovação sem gastar muitos recursos, quanto entre novas empresa, que já nascem usando apenas canais digitais. "O Brasil tem sido uma experiência espetacular em relação a companhias que estão entrando neste mercado", comentou. "No momento que a gente vê, com a economia em dificuldades, as empresas não têm outra escapatória: elas têm de crescer e colocar os seus serviços nas mãos dos consumidores de forma mais ágil".
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