Publicada em 08/03/2016 às 08h48.
PE 2016 tem 2ª pior média de público entre dez estaduais
Competição soma 1369 pagantes por partida e está atrás do Cearense.

As cadeiras vermelhas expostas da Arena Pernambuco, no último domingo, desenham um retrato que se repete em forma semelhante por todo o estado. O clássico entre Náutico e Sport levou 5.912 pagantes a São Lourenço da Mata. Um clássico. A fuga do público das arquibancadas nesta temporada chega a números alarmantes e deixa a competição local como a segunda menor média de público entre os dez principais estaduais do país.



Com 1.369 espectadores por partida e 78% dos jogos disputados, o Pernambucano só perde neste ranking inglório para o Campeonato Cearense - que tem 1.312 pessoas por confronto até o momento. A competição vizinha, contudo, ainda não teve um grande duelo este ano. O primeiro encontro entre Ceará e Fortaleza acontece apenas no próximo domingo. Já o certame local contou com quatro embates entre os três grandes clubes do Recife. Não teve, no entanto, nenhum público superior a 15 mil.



A distância da torcida pernambucana dos estádios contou novos ingredientes nesta temporada. Sem ter o programa Todos Com a Nota, que estimulava a troca de notas fiscais por ingressos, as partidas ficaram ainda mais vazias. Essa foi a primeira vez que o incentivo do governo não foi dado aos clubes desde 2007. Mas, mesmo com o sistema, os estádios locais costumavam abrigar públicos fantasmas, onde o câmbio de bilhetes não representava os espectadores dentro do estádio.



Aliado a este fator, o Campeonato Pernambucano também passou a contar com horários alternativos em 2016. Para ter as partidas transmitidas para fora do país, a competição tem jogos nas segundas-feiras. A isso ainda se soma antigos problemas como violência, mobilidade deficiente e um regulamento incomum.



O Estadual só conta com Sport, Náutico e Santa Cruz a partir do hexagonal final, onde se classificam quatro equipes e os clássicos se tornam banalizados no primeiro momento. No caso rubro-negro, ainda é praticado uma política de ingressos que chega a cobrar a R$ 60 de um não-sócio para ocupar a arquibancada. Ontem, por sinal, a diretoria anunciou a saída do diretor executivo Leonardo Estevam. Ele vinha sendo criticado pelos torcedores diante dos valores exigidos em jogos na Ilha do Retiro.



O cenário pernambucano atual, inclusive, sinaliza uma queda ainda mais acentuada em relação ao ano passado. O Estadual de 2015 terminou com 4.425 pagantes por partida. Ficou atrás Catarinense, Paraense e Cearense, que levaram na casa dos três mil torcedores por jogo. Contudo, com a chegada das semifinais e finais, a tendência é que a média local cresça um pouco e tente combater o cenário de defasagem em que se inseriram os estaduais. No último domingo, a luta contra o rebaixamento foi encerrada. Resta saber se os estádios, a partir de agora, deixarão de ter cara de segunda divisão.

 

 

DIARIO DE PERNAMBUCO

Os comentários abaixo não representam a opinião do Portal Nova Mais. A responsabilidade é do autor da mensagem.
TODOS OS COMENTÁRIOS (0)



Login pelo facebook
Postar
 
Curiosidades
Policia
Pernambuco
Fofoca
Política
Esportes
Brasil e Mundo
Tecnologia
 
Nova + © 2025
Desenvolvido por RODRIGOTI