Publicada em 08/03/2016 às 09h51.
Alagoas lidera ranking de jovens fora da escola e do mercado de trabalho
Três em cada dez meninas abandonam os estudos por conta da gravidez. Geração 'nem-nem' é carente de estudo, saúde e oportunidade de emprego.

Uma pesquisa do Instituto Ayrton Senna revela que Alagoas lidera o ranking de jovens brasileiros - entre 15 e 17 anos -, que estão fora da escola e também não trabalham. A chamada “Geração Nem-Nem", já que nem estudam, nem trabalham, tem como grande maioria dos casos meninas que engravidaram.


A pesquisa indica que no estado três em cada dez meninas largam a escola na adolescência por conta da gravidez sem sequer ter concluído o ensino médio. É o caso da Milena Mendonça, que ganhou Ágata aos 17 anos e com isto largou o 2º ano do ensino médio.


A adolescente, que virou dona de casa e mãe sem planejar, assume que a rotina com a filha de 3 meses não é fácil. “No começo eu achei que não daria conta, que ía precisar de alguém para me ajudar, mas eu não tenho quem. Fico o dia todo com ela, é bem complicado”, relata.


De acordo com o economista Cícero Péricles, essa situação traz consequências para a economia local. Ele aponta que esses jovens, em grande maioria, são de classes sociais mais baixas que emAlagoas não tem acesso à Educação, Trabalho e também Saúde Básica, ficando em uma istuação mais vulnerável. 


"Além disso, em Alagoas o ensino público é de baixa qualidade, marcado pelas interrupções e pela evasão escolar. Tudo isso se acumula para que o jovem se sinta desestimulado ou que não fique suficientemente preparado para ocupar o mercado de trabalho", complementa o economista.


Segundo ele os reflexos desta realidade termina sendo prejudicial também para o estado. "O mercado de trabalho vai continuar necessitando de pessoas capacitadas, com estudo e especialização em suas funções. Se os jovens não conseguem se capacitar, as vagas não têm como serem preenchidas e o desemprego continua alto, mesmo existindo vaga", diz Péricles.


Para lidar com esta situação, muitas vezes é necessário um apoio psicoterapêutico, é o que sugere a psicóloga Silvana Cavalcante. “É injusto estabelecer um comparativo entre esses jovens que estão parados e pessoas que estão estudando ou trabalhando. É injusto. Porém, se você conversar com eles e mostrar um caminho que seja viável, esse jovem vai refletir, se inspirar e ver que ele pode sim realizar os sonhos dele”, diz Silvana.


FONTE: G1

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