Publicada em 03/12/2018 às 10h54.
Contra doenças, incubadora de Aedes será inaugurada este mês no Recife
A abertura do serviço será apresentada junto com o lançamento do Plano de Arboviroses para 2019.

Aedes aegypti

Foto: divulgação

 

O Recife deve inaugurar ainda na primeira quinzena de dezembro o Centro de Emergência de Mosquitos Estéreis, no Centro de Vigilância Ambiental (CVA). O espaço funcionará como incubadora de Aedes aegypti do “bem” na batalha contra a alta infestação de mosquitos e o risco de retorno das epidemias de zika, dengue e chikungunya na Cidade. 


A ideia é que os machos esterilizados entrem em competição com os machos selvagens e interrompam o máximo possível o ciclo reprodutivo das fêmeas, que são vetores dessas doenças. A Folha de Pernambuco havia antecipado em julho deste ano que o CVA estava passando por uma série de intervenções físicas para receber o novo laboratório. A abertura do serviço será apresentada junto com o lançamento do Plano de Arboviroses para 2019.


“Esse laboratório vai produzir mosquitos que vamos esterilizar na UFPE, no centro de energia atômica. Vai ser a primeira experiência mundial”, comentou o coordenador do CVA, Jurandir Almeida. Segundo ele, alguns testes ainda precisam ser feitos antes que se comece a soltura dos primeiros Aedes estéreis. Contudo alguns desses insetos já começaram a ser irradiados no laboratório da UFPE, o que deve acelerar o processo. A expectativa é de que os primeiros mosquitos sejam liberados na Cidade já no começo de 2019. 


Em março deste ano, a Prefeitura do Recife anunciou que para avaliação da eficiência do inseto estéril no controle da reprodução do mosquito, a soltura seria feita nos bairros da Mangabeira, Morro da Conceição e Macaxeira, localizados no Distrito Sanitário VII, onde já foram instaladas e georreferenciadas 58 ovitrampas de monitoramento. O projeto do Aedes do “bem” conta com a parceria da empresa MoscaMed.


Arboviroses

Até o dia 17 de novembro, o Recife havia notificado 2.738 casos de arboviroses, sendo 2.163 casos de dengue, 493 de chikungunya e 82 de zika. Desses, foram confirmados 887 de dengue, 270 de chikungunya e sete casos de zika. Em comparação ao mesmo período em 2017, houve uma redução de 19,1% dos casos notificados e de 16,8% dos casos confirmados. Sete óbitos suspeitos de arboviroses foram notificados, sendo cinco descartados. 


Os bairros com maior número de casos prováveis são: Várzea, Nova Descoberta, Afogados, Ilha Joana Bezerra, San Martin, Cohab, Ibura, Casa Amarela, Campo Grande e Iputinga. Já o último levantamento rápido do índice de infestação para Aedes aegypti (LIRAa), realizado no período de 5 a 7 de novembro deste (6º ciclo), apresentou resultado geral de 1,1%.

 

 

Folha PE

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