Publicada em 22/05/2019 às 09h34.
'Lunáticos que se sentem Rambo', diz Humberto sobre o atual governo
A partir de decretos de Bolsonaro que autorizam a posse e o porte de armamento no país, o líder do PT no Senado, criticou a medida.

Imagem: Folha PE

 

Diante do anúncio da fabricante de armas Taurus de que está apta a vender fuzis a cidadãos comuns no Brasil, a partir de decretos de Bolsonaro que autorizam a posse e o porte de armamento no país, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), criticou a medida do governo, na última terça-feira (21).


"Enquanto o governo mergulha o Brasil num profundo caos econômico, social e político, o capitão reformado só pensa em armar os cidadãos", afirmou o senador, lembrando que a maior parte da população quer a retomada do crescimento do país, e não mais armamento. "São milhares de famílias destruídas por ano com mortes provocadas por armas de fogo. Não é autorizando o povo a ter fuzis e cinco mil munições por ano, sendo 16 mil para quem ter quatro armas, que os problemas serão resolvidos. Isso tudo para quê? É uma guerra? Não será dessa maneira que sairemos dessa calamidade", declarou. 


De acordo com o parlamentar, a bancada do partido já protocolou um projeto de decreto legislativo para sustar o que ele chama de “ato arbitrário do presidente, que, de forma ilegal, instaurou um Estatuto do Armamento no Brasil”. Para Humberto, é urgente que o Congresso Nacional restaure a legalidade suspendendo medidas que exorbitam as atribuições do Poder Executivo. 


“É uma inconsequência. Um disparate. Uma loucura para pagar fatura de campanha a um bando de lunáticos que se sentem num filme de Rambo”, disparou. Ele lembrou que metade dos governadores do país assinou uma carta pedindo a revogação do decreto editado pelo presidente no começo do mês. 


O líder do PT no Senado ressaltou que, depois de um sólido trabalho ao longo dos últimos anos, os índices de homicídios começaram a cair em vários estados do país e, justamente agora, Bolsonaro se propõe a inundar o Brasil com armas.


“Certamente, serão traficadas para aparelhar a criminalidade. Além disso, uma briga de trânsito, uma discussão no bar, um bate-boca entre vizinhos, tudo isso pode acabar numa imensa tragédia com essas armas à mão – fora o imenso risco a que as crianças estarão expostas ao viverem sob o mesmo teto onde há armas de fogo”, disse.

O senador avalia que o decreto traz reflexos também para a economia, pois permite a entrada de pessoas armadas nas aeronaves, confrontando políticas de companhias aéreas estrangeiras, que anunciaram que deixarão de operar voos no Brasil por risco à segurança. 


“Nem policial entra armado em avião. Ele tem de entregar a arma. Nem tesourinha passa no raio-x. Agora, o presidente quer que as pessoas entrem armadas. Tem lógica isso? O avião vai virar um desfile de pessoas armadas. Não sem quem vai ter coragem de viajar sabendo que tem gente armada”, comentou. 


O líder do PT entende que o governo Bolsonaro gasta tempo com "medidas absurdas" e, em cinco meses gestão, "deixou o Brasil no buraco", com desemprego, o maior número de desalentados da história, maior nível de desigualdade de renda de todos os tempos, o PIB revisado pela 12ª vez para baixo e a explosão de preços e da inflação.


“O país está às bordas de uma depressão econômica. Todos os recordes negativos estão sendo batidos por Bolsonaro, e o que ele faz? Se abraça a uma pauta ideológica histérica, que em nada ajuda o Brasil a sair dessa situação. Ao contrário, acelera a nossa ida para o buraco”, criticou.

 

Folha PE

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