Publicada em 25/05/2019 às 12h21.
Suspensão da Avianca pode cancelar mais de 8 mil voos até o fim do ano
Na sexta-feira, a Anac barrou todos os voos da companhia até que ela comprove capacidade para manter as atividades em segurança.

Imagem: G1

 

Se a operação da Avianca Brasil continuar suspensa até o fim do ano, mais de 8 mil voos podem ser cancelados até lá. Na sexta-feira (24), a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) barrou todos os voos da companhia até que ela comprove capacidade para manter as atividades em segurança.


De acordo com os dados informados pela própria Avianca para a Anac, a companhia aérea tem 8.646 voos programados até o fim do ano. Em média, são 39 por dia.

 

Quarta maior companhia aérea do país, a Avianca Brasil entrou em recuperação judicial em dezembro do ano passado. De lá para cá, a empresa já cancelou milhares de voos, além de suspender a operação em diversos aeroportos. Reduzida, só concentra suas atividades em Congonhas, Santos Dumont, Brasília e Salvador.


Na sexta, pilotos e comissários da empresa fizeram uma greve nos aeroportos de Congonhas, em São Paulo, e Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Os funcionários da empresa alegam que não estão recebendo salários e nem o depósito do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

 

Leilão cancelado


Um leilão com parte dos ativos da Avianca Brasil estava marcado para 7 de maio, mas foi suspenso por determinação da Justiça. A empresa recorreu da decisão. Azul, Gol e Latam já manifestaram interesse e estavam credenciadas para a disputa. Elas cobiçam, sobretudo, os slots (autorizações de pouso e decolagem).


Em abril, os credores da Avianca Brasil aprovaram o plano de recuperação judicial da companhia. Se ainda for adiante, a proposta prevê a divisão da companhia em sete unidades produtivas isoladas (UPIs).


A Azul chegou a fazer duas propostas pelos ativos da Avianca Brasil. Em março, ofereceu US$ 105 milhões para comprar parte das operações da companhia, mas em abril anunciou a desistência, acusando Gol e Latam de agirem para evitar a concorrência da ponte aérea São Paulo-Rio de Janeiro, a mais cobiçada do país.


Na última proposta, apresentada neste mês, a companhia pediu a realização de um novo processo competitivo com a proposta de uma nova UPI pelo valor mínimo de US$ 145 milhões.


A Avianca Brasil se posicionou contra nova proposta de compra feita pela Azul.


G1


 

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