Publicada em 03/06/2019 às 16h33.
Sete das oito vacinas obrigatórias para crianças têm cobertura abaixo da meta em 2018
Dados do Ministério da Saúde mostram que somente a vacina BCG alcançou o nível de cobertura desejado, acima de 90% do público alvo.

 

Foto: Flávia Pacheco/SES

 

Sete das oito vacinas obrigatórias para crianças encerraram 2018 com a taxa de cobertura abaixo da meta, segundo balanço informado pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira (3). Apenas a vacina BCG alcançou o nível desejado, acima de 90% de imunização do público-alvo.


As outras sete vacinas infantis, com meta de 95%, não atingiram o índice previsto: rotavírus, meningocócica C, pneumocócica, poliomielite, pentavalente, hepatite A e tríplice viral. Junto com a BCG, elas protegem as crianças contra as doenças graves mais comuns na infância.


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A vacina BCG terminou 2018 com cobertura de 95,63%, de acordo com os dados preliminares do ministério. Veja, abaixo, os números mais recentes compilados no último 14 de maio, para cada uma das oito vacinas infantis obrigatórias:


1. BCG


Mesmo no caso da BCG, o gráfico acima mostra uma redução no nível de cobertura. Em 2011, a cobertura superava o público prioritário, alcançando o índice de 107,94%. Em 2018, a cobertura foi de 95,63% - acima da meta de 90%, mas em tendência de queda nos últimos anos. O estado com melhor cobertura foi Alagoas (109,12%) e a pior cobertura foi na Bahia (81,42%).

 

2. Rotavírus


A vacina contra o rotavírus viu um leve aumento dos níveis de cobertura nacional, mas voltou a cair nos últimos anos e ficou abaixo da meta de 95%. Em 2018, o índice registrado no Brasil foi de 87,87%. O estado com melhor cobertura foi o Ceará (105,54%). A pior cobertura ficou no Pará (68,99%).

 

3. Meningocócica C


De 2011 para 2018, houve uma queda evidente na cobertura da vacina meningocócica C, passando de 105,66% para 85,67%. A meta era 95%. O estado com melhor cobertura no ano passado foi o Ceará (104,98%), enquanto o pior foi o Pará (63,09%).

 

4. Pneumocócica


Embora os níveis de cobertura da pneumocócica tenham aumentado nos últimos oito anos, passando de 81,65% para 91,51%, o índice de cobertura ficou abaixo da meta de 95% em 2018. O estado com maior cobertura foi novamente o Ceará (109,28%) e a proporção mais baixa ficou na Bahia (81,62%). A meta era 95%.

 

5. Poliomielite


No caso da vacina contra pólio, a cobertura nacional em 2018 chegou a 86,33%, bem abaixo dos 101,33% registrados em 2011 nessa série histórica. A meta era 95%. No Ceará, a cobertura alcançou o patamar de 102,42%, enquanto o estado com cobertura mais baixa foi o Pará (66,54%).

 

6. Pentavalente


A vacinação contra as cinco doenças da vacina pentavalente também viu seus índices de cobertura caírem ao longo dos anos. Em 2018, foram vacinados 85,26% das pessoas que compõem o público prioritário. Em 2011, eram 98,97%. A meta de vacinação era 95%. Novamente, o Pará foi o estado com menor cobertura (55,45%), enquanto a maior foi no Ceará (99,16%).

 

7. Hepatite A


Como mostra o gráfico acima, a vacinação contra hepatite A começou a ser oferecida na rede pública somente em 2014, quando a cobertura chegou a somente 60,13% do público prioritário. Em 2018, embora a meta fosse 95%, a cobertura alcançou somente 80,95%. O estado mais bem coberto foi o Mato Grosso do Sul, com 91,03%. Já o menos coberto em 2018 foi o Pará, com 65,28%.

 

8. Tríplice viral


A vacina tríplice viral obteve cobertura de 90,5% do público alvo em 2018, bem abaixo dos 102,39% registrados em 2011 em todo o país. A meta era de 95%. O Ceará marcou o índice de cobertura mais alto (106,9%) e o mais baixo ficou no Maranhão (81,82%).


Retorno de doenças


O risco de retorno de doenças erradicadas, como o sarampo e a poliomielite, por exemplo, é a principal consequência da queda da cobertura vacinal. Isso poderia desencadear um problema maior de saúde pública.


O principal motivo, segundo o ministério, é o fato de que os brasileiros percebem menos o risco de ficar doente e tem pouco conhecimento sobre a gravidade das doenças imunopreveníveis.


Em diversas ocasiões, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) afirmou que o sucesso das campanhas de vacinação, ao longo das últimas décadas, reduziu drasticamente o contato dos brasileiros com essas doenças. Mas é justamente essa falta de contato direto com as doenças que leva o brasileiro a se vacinar menos.


Calendário de vacinas das crianças até 4 anos


Vacina


Ao nascer           BCG (Bacilo Calmette-Guerin) e Hepatite B

2 meses               Pentavalente, Poliomielite, Pneumocócica 10v, Rotavírus

3 meses               Meningocócica C

4 meses               2ª dose: Pentavalente, Poliomielite, Pneumocócica 10v, Rotavírus

5 meses               2ª dose: Meningocócica C

6 meses               3ª dose: Pentavalente, Poliomielite

9 meses               Febre amarela

12 meses            Tríplice viral, Pneumocócica 10v (reforço), Meningocócica C (reforço)

15 meses            DTP (reforço), Poliomielite (reforço), Hepatite A, Tetra viral ou tríplice viral + varicela


FONTE: G1

 

 

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