Publicada em 16/07/2019 às 07h04.
Novas mensagens mostram outras interferências de Moro na Lava Jato
Os novos diálogos divulgados mostram um pedido de Deltan para usar dinheiro público em uma propaganda.

Imagem: Exame - Abril.com

 

Um novo capítulo das mensagens vazadas da Lava Jato foi divulgado na segunda-feira (15) e evidenciam ainda mais as interferências do então juiz federal Sergio Moro na operação. Segundo o jornalista Reinaldo Azevedo, em parceria com o The Intercept Brasil, o então juiz combinou uma reunião para definir próximos passos da operação com Deltan Dallagnol e a Polícia Federal. Azevedo também divulgou mensagens que mostram um pedido de Deltan para usar dinheiro público em uma propaganda.

 

Segundo as mensagens, no dia 3 de setembro de 2015, o procurador consultou Sergio Moro sobre qual seria a melhor hora e dia para um encontro com membros da PF. "Sem tempo para reuniões nesta ou na próxima semana", respondeu Moro.


Deltan chegou a tentar novamente marcar o encontro no dia 16 de outubro do mesmo ano. "Caro juiz, seria possível reunião no final de segunda para tratarmos de novas fases, inclusive capacidade operacional e data considerando recesso? Incluiria PF também", escreveu. Moro então sugere terça-feira, às 10h30. "Marcado então? Decretei nova prisão de três do Odebrecht, tentando não pisar em ovos. Receio alguma reação negativa do stf. Convem talvez vcs avisarem pgr", completou.


Em outros diálogos, Sergio Moro autorizou o procurador Deltan Dallagnol a usar dinheiro da 13ª Vara Federal de Curitiba para campanha publicitária. Em 16 de janeiro de 2016, Deltan enviou uma mensagem a Moro para saber se seria possível usar R$ 38 mil para divulgar uma peça na Rede Globo. “A produtora está cobrando apenas custos de terceiros, o que daria uns 38 mil.”


“Se for so uns 38 mil achi (acho) que é possível. Deixe ver na terça e te respondo”, respondeu Moro um dia depois.


A peça em questão era uma propaganda de uma medida que chegou ao Congresso de forma civil, encabeçada por Deltan e outros colegas. Entre os pedidos, estavam a abolição de habeas corpus, ampliação dos casos de prisão preventiva e admissão em juízo de provas ilegais.

 

Folha PE

 

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