A possibilidade de ser infectado pelo vírus H1N1 vem amedrontando os pernambucanos. As clínicas particulares do estado passaram a receber uma demanda muito maior que a esperada, em busca da vacina. Em cinco clínicas de vacinação de uma mesma rede, nos últimos dois dias foram aplicadas 2 mil doses de vacinas contra o vírus, quando normal é uma média de 70 pessoas por dia.
Só neste ano, em todo o estado, foram registrados 47 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave; 13 casos foram confirmados de gripe A e, desses, três são graves. Nos mesmo período de 2015, o estado não teve nenhum caso de H1N1 confirmado. Hoje, a Secretaria de Saúde investiga duas mortes causadas pela Síndrome Respiratória Aguda Grave, que pode ser causada por vários tipos de influenza, incluindo o H1N1.
O aposentado Rodolfo Domingos, 72 anos, optou por tomar a vacina na rede particular. Mesmo fazendo parte do grupo de prioridade na rede pública, ele segue o ditado "melhor prevenir do que remediar": "Aqui a gente paga R$ 100 e daqui a uns dez minutos vou tomar a vacina, vou pra casa e estou livre", disse o idoso.
A vacina na rede pública é destinada para a população mais vulnerável. Grávidas, idosos com mais de 60 anos, crianças de seis meses a menos de 5 anos de idade, mulheres que tiveram bebês num período de 45 dias, pacientes com doenças crônicas e profissionais da área de saúde são o grupo prioritário.
Previsão
Na rede pública, as primeiras doses para a campanha de vacinação devem chega a partir da segunda-feira (2). Serão 2 milhões de doses - a mesma quantidade do ano passado. De acordo com a coordenadora do programa de Imunização de Pernambuco, Catarina Melo, o início da aplicação das vacinas varia de acordo com o município. "A partir do momento em que ela [a vacina] vai chegando, os municípios vão se organizando e já iniciando a vacinação. Agora lembrando que é só para os grupos prioritários, não é para vacinar a população toda", ratificou a coordenadora.
Prevenção
Para prevenir o H1N1, a coordenadora de Doenças Imunoprevisíveis da secretaria, Ana Antunes, afirma que são válidas todas as recomendações para evitar qualquer outra doença que afete o sistema respiratório. Ela lembra também que é preciso cuidar da saúde sempre, o que é fundamental para evitar o contágio.
“Evitar lugares fechados com muitas pessoas, lavar as mãos. Quando tossir, não tocar a boca. Você também tem que pensar na sua saúde como um todo, ter uma boa alimentação e ingerir muita água”, ressalta.
G1