Publicada em 12/10/2019 às 07h11.
Desmatamento na Amazônia cresce 96% em setembro
Desde junho, a devastação na Amazônia tem apresentado crescimento em relação à série histórica do Inpe.

Foto: Ag?ncia Brasil


O desmatamento cresceu cerca de 96% em setembro na Amaz?nia, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O aumento ? referente ao mesmo m?s em 2018 e foi registrado pelo Deter, sistema que dispara alertas de desmate para embasar a??es do Ibama.


Desde junho, a devasta??o na Amaz?nia tem apresentado crescimento em rela??o ? s?rie hist?rica do Inpe. Os meses de julho, agosto e setembro do primeiro ano do governo Jair Bolsonaro tiveram as maiores taxas de desmate desde o in?cio dos registros do Deter, em 2015.


Junho teve aumento de 90% no desmate. Em julho, foram 278% de crescimento. Em agosto o salto foi de 222%, em rela??o ao mesmo per?odo do ano anterior. No m?s de setembro foram devastados 1.447 km? de floresta amaz?nica. O Sistema de Detec??o do Desmatamento em Tempo Real (Deter) n?o tem a fun??o de medir precisamente a ?rea desmatada, o que ? feito pelo Prodes, divulgado anualmente apontando o desmate entre agosto de um ano e julho do seguinte.


Mesmo assim, o Deter pode ser usado para apontar a tend?ncia geral de aumento ou redu??o da destrui??o na floresta.A explos?o no desmatamento acabou levando, entre julho e agosto, a ataques sem provas do governo Bolsonaro aos dados de desmate produzidos pelo Inpe. O presidente chegou a afirmar que o ent?o diretor do instituto, Ricardo Galv?o, poderia estar a "servi?o de alguma ONG". 


As informa??es de devasta??o tamb?m foram contestadas, sem apresenta??o de justificativa, pelos ministros Ricardo Salles (Meio Ambiente), Marcos Pontes (Ci?ncia e Tecnologia) e pelo general Augusto Heleno (Gabinete de Seguran?a Institucional).

Galv?o se defendeu do ataque e tamb?m fez a defesa dos dados do Inpe. O ent?o diretor acabou exonerado pelo ministro Pontes no dia 2 de agosto.


A destrui??o crescente gerou alerta nos pa?ses que investem em desenvolvimento sustent?vel no Brasil, como a Noruega e Alemanha ?atrav?s do bilion?rio Fundo Amaz?nia, que est? bloqueado ap?s Bolsonaro ter extinto os conselhos que geriam o fundo. Ambas as na??es paralisaram recursos enviados.


Em meio ao desmate, cresceram tamb?m as queimadas, o que atraiu ainda mais aten??o internacional ao Brasil e gerou uma crise da imagem ambiental do governo Bolsonaro.


As crises sobrepostas levaram a manifesta??es de preocupa??o da chanceler alem? Angela Merkel e do presidente franc?s Emmanuel Macron. Bolsonaro, como resposta, falou que Merkel poderia usar o dinheiro bloqueado (R$ 150 milh?es) que seria enviado ao Brasil para reflorestar as matas alem?s. O presidente tamb?m menosprezou o bloqueio de dinheiro noruegu?s para o Fundo Amaz?nia.


Por fim, na discuss?o com Macron, o presidente brasileiro chegou a ofender a primeira dama francesa. Ap?s ser criticado, disse n?o ter ofendido Brigitte Macron. Bolsonaro ainda recusou US$ 20 milh?es de d?lares (R$ 82 milh?es) do G7 para combate ?s queimadas e chamou a oferta de ajuda de "esmola".


Mas aceitou ajuda israelense. Inicialmente o pa?s disse que enviaria material qu?mico para conter o fogo, mas, no fim, enviou somente uma delega??o com 11 especialistas em combate a inc?ndios.


A crise das queimadas, que se concentra principalmente em ?reas privadas e florestas n?o destinadas ?nas quais qualquer desmatamento e inc?ndio ? ilegal?, levou o presidente Bolsonaro a assinar um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) que autorizava uso das For?as Armadas para combater os inc?ndios.


FONTE: FOLHAPE

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