Imagem: Reprodução
Circula pelas redes sociais a imagem de um estudante em frente a uma tela onde está projetada a imagem de uma capa de dissertação da Universidade Federal de Itajubá com o título: "O uso indiscriminado de figurinhas no WhatsApp e seu impacto social". É #FAKE.
Não existe dissertação de mestrado com esse título na Universidade Federal de Itajubá. A imagem que viralizou foi manipulada.
A montagem foi criada a partir de uma que existe, de um aluno da instituição, que apresentou o trabalho "A pessoa com deficiência e o mercado de trabalho – Um estudo na microrregião de Itajubá".
A faculdade fez uma nota de esclarecimento em que diz que "a imagem falsa vem se espalhando com intuitos humorísticos ou com a intenção de desmerecer a pesquisa acadêmica e diminuir a importância da universidade pública".
O rapaz cursa o programa de pós-graduação em Desenvolvimento, Tecnologias e Sociedade (DTecS) da Unifei. A pesquisa dele faz parte de um projeto no qual são estudadas questões sobre a educação inclusiva, atendimento educacional especializado e políticas públicas em prol de pessoas com deficiência.
"A proposta da dissertação foi entender a legislação e as políticas públicas e a forma como elas são aplicadas, além de analisar a percepção dos principais atores sociais envolvidos. Para desenvolver a pesquisa, o aluno fez uma coleta de informações e dados de 13 cidades no Sul de Minas e aplicou entrevistas com profissionais de recursos humanos, profissionais de fiscalização e com pessoas com deficiência", informa, na nota.
Em sua página pessoal no Facebook, o autor Stefano Maximo Lopes, afirma que virou "meme e fake news ao mesmo tempo".
"A imagem com o título da minha dissertação alterado circulou por vários grupos de Whatsapp e de Facebook. Páginas de humor e páginas de política dedicaram um post pra ela. Eu, honestamente, achei a piada engraçada. O problema é que estão usando a montagem como se fosse verdadeira, e com isso querem desmoralizar a pesquisa e a universidade pública no Brasil. A pesquisa que eu desenvolvi, na realidade, foi um trabalho muito sério sobre pessoas com deficiência e acesso ao mercado de trabalho", diz.
FONTE: G1