Publicada em 13/11/2019 às 08h38.
No Recife, PF prende fiscal por receber propina
Homem foi autuado em flagrante por corrupção passiva. Empresário denunciou que servidor do Crea-PE cobrou R$ 1 mil para não aplicar auto de infração de R$ 7 mil.

Imagem: Divulgação / PF


Um fiscal do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE) foi preso em flagrante suspeito de receber dinheiro para não aplicar multa em uma obra. A prisão aconteceu no Recife, logo após o empresário que denunciou o caso pagar R$ 400, orientado pela Polícia Federal.


O caso foi divulgado nesta quarta-feira (13). O fiscal teria vistoriado uma obra em Olinda e relatado ao responsável que havia irregularidades. Somadas, elas resultariam em multas no valor de R$ 7 mil, segundo o relato à PF.


Para que não fosse feito o auto de infração, o profissional teria exigido a quantia de R$ 3.500 do empresário, que alegou não ter o dinheiro. Com isso, o acordo firmado foi de R$ 1 mil, dividido em duas parcelas de R$ 500, apontou o denunciante.


O empresário, que atua no ramo de manutenção predial, procurou o Crea-PE. Junto com um representante do órgão fiscalizador, ele procurou a Polícia Federal, já que o cargo de fiscal do Crea é federal.


O encontro foi marcado para um estabelecimento comercial na Avenida Norte. O servidor do conselho pegou o valor e, ao sair do local, foi abordado pelos policiais, que confirmaram a propina ao identificar as notas de dinheiro. Além dos R$ 400 marcados, a equipe apreendeu R$ 1.600 em espécie e dois celulares.


Em interrogatório na sede da PF, o denunciado afirmou que trabalha no Crea há 19 anos e que, na realidade, o rapaz havia oferecido a quantia em espécie. Ele alegou, ainda, que só aceitou receber R$ 1 mil "com a condição de que fosse promovida a regularização das irregularidades detectadas", segundo nota da Polícia Federal.


Ele foi autuado em flagrante por corrupção passiva. Caso seja, condenado poderá pegar penas que variam de 2 a 12 anos de reclusão, além de multa. O suspeito passou por audiência de custódia e vai responder ao processo em liberdade, ficando à disposição da Justiça Federal. O nome dele não foi divulgado.


O G1 tentou contato com o Crea, mas não conseguiu até a última atualização dessa reportagem.


FONTE: G1

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