Publicada em 05/12/2019 às 11h24.
Senado aprova reforma da Previdência de militares
Texto também trata da reestruturação das carreiras deles. Agora, segue para sanção do presidente.

Imagem: reprodução do Google


O plenário do Senado aprovou em votação simbólica, na última quarta-feira (4) o projeto de reforma na aposentadoria dos militares das Forças Armadas, policiais militares e bombeiros. O texto também trata da reestruturação das carreiras militares. Agora, segue para sanção do presidente da República.


A versão original foi apresentada em março pelo governo federal e dizia respeito apenas às Forças Armadas. Após pressões das categorias, PMs e bombeiros estaduais também foram incluídos nas regras.


Além de tratar da aposentadoria, a novidade reestrutura a carreira dos militares, com aumento de salário e gratificações. A reestruturação deve custar R$ 86,85 bilhões aos cofres públicos, o que reduzirá a economia prevista com a reforma da Previdência deles, estimada em R$ 97,3 bilhões em dez anos.


Assim, a economia real esperada com o projeto é de R$ 10,4 bilhões em dez anos. Já a inclusão de policiais e bombeiros militares na reforma das Forças Armadas deve render uma economia de R$ 59 bilhões em uma década para os Estados.


Do lado da Previdência, é previsto o aumento do tempo de serviço para o ingresso na reserva de 30 para 35 anos e o aumento gradual de alíquotas previdenciárias.


Também impõe sacrifícios mais brandos do que os exigidos na reforma do INSS, entre eles um pedágio menor - a exigência de tempo a mais de quem está na ativa é de 17% sobre o tempo que falta para a aposentadoria, contra adicionais de 50% a 100% no caso dos civis.


No aumento das gratificações, o texto quer implementar ajuste maior nesse adicional para profissionais com mais cursos e treinamentos, o que, na prática, representa um aumento na gratificação de 73% para generais e de 12% para aqueles de patente mais baixa. Esse ponto foi motivo de protestos durante a tramitação do texto na Câmara.


Os ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Fernando Azevedo e Silva (Defesa) acompanharam a discussão do projeto no plenário do Senado.


Principais pontos:


- Transferência para reserva remunerada: aumento do tempo para o militar passar para a reserva (de 30 para 35 anos na ativa);


- Aumento gradual da alíquota previdenciária de 7,5% para 10,5%. Com o novo relatório, Estados e União poderão mudar a alíquota por lei ordinária a partir de 2025;


- Taxação de 10,5% nas pensões recebidas por familiares de militares;


- Pensionistas, cabos e soldados, ativos e inativos, vão contribuir também com 3,5% para o fundo de saúde; com a mudança, em 2022, a alíquota dos três grupos citados acima pode chegar a 14% (3,5% do fundo de saúde + 10,5% do sistema de proteção social);


- Alunos de escolas de formação estarão isentos da alíquota do fundo de saúde;


- Ajuste dos limites de idade para a transferência para a reserva: de 44 a 66 anos (de acordo com o posto ou graduação) para o período de 50 a 70 anos;


- Criação do Adicional de Disponibilidade Militar. A gratificação corresponde a um porcentual incidente sobre o soldo de oficiais e praças, pago mensalmente a partir de 2020. O porcentual varia de acordo com a patente e pode chegar a 32%, no caso de coronéis e subtenentes;


- Mudança nas regras do Adicional de Habilitação, parcela mensal paga para militares que realizam cursos de capacitação e aperfeiçoamento. O adicional já existe atualmente e a intenção é fazer a reestruturação em 4 anos;


- Aumento da indenização que o militar recebe quando vai à reserva - chamada de Ajuda de Custo. A ajuda de custo passa de 4 para 8 vezes o valor da remuneração e é paga uma única vez.


FONTE: JC ONLINE 

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