O argentino vencedor do prêmio Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel, primeiro esteve no Palácio do Planalto, onde tirou foto, abraçou e beijou a presidenta Dilma Rousseffm, nesta quinta-feira (28). Na saída, ele deu uma entrevista e chamou de golpe o processo de impeachment da presidenta.
Em seguida, Esquivel foi ao Senado e se reuniu com todos os senadores do Partido dos Trabalhadores. Após o encontro, a bancada do PT levou o prêmio Nobel da Paz para o plenário do Senado.
Segundo o regimento do Senado, ninguém pode falar enquanto estiver ocorrendo uma sessão deliberativa. Só pode uma pessoa que não é senadora falar no plenário se for numa sessão solene, o que não era o caso.
Mesmo assim, o presidente da sessão, Paulo Paim (PT-RS), abriu o microfone e deu a palavra ao prêmio Nobel da Paz, que em 1980 defendia as madres da Praça de Maio na Argentina e defendia os direitos humanos naquele país.
Ele disse que é preciso respeitar o direito dos eleitores, da população brasileira e disse que era necessário que houvesse uma continuidade do mandato da presidenta Dilma Rousseff e chamou de golpe o processo de impeachment que está sendo discutido na casa.
Imediatamente houve uma confusão porque todos os parlamentares de oposição foram ao plenário. A partir daí, foi necessário que o presidente da Sessão, Paulo Paim retirasse dos anais dos pronunciamentos a palavra de Adolfo Pérez que chama de golpe o processo de impeachment.
O senador Cristovam Buarque (PPS) pediu a palavra para dizer que lamentavelmente o prêmio Nobel da Paz de 1980 foi manipulado pelos petistas. “É uma pena que ele não tenha escutado outras pessoas para ver que não tem golpe”, disse.
Rádio Jornal