“Ainda bem que moro em Minas Gerais e existe a operadora Algar Telecom que não foi mandada bloquear o Whats”, comentou um usuário do Twitter.
A Algar Telecom é a maior das cinco empresas de telefonia que não foram atingidas pela intimação judicial que determinou a suspensão do serviço de bate-papo do Facebook. Juntas, Algar, Datora, Porto Seguro, Sercomtel e Terapar, atendem 1,79 milhão de linhas de celular.
Datora, Porto Seguro e Terapar são operadoras virtuais, ou seja, contratam a infraestrutura de companhias que detém, por exemplo, estações de rádio base (ERBs). Já Algar e Sercomtel são empresas autorizadas e têm redes próprias.
"Acho que a Algar Telecom ficou de fora da listinha do juiz”, brincou de forma irônica um usuário do Twitter. Apesar de não serem afetados pela suspensão do WhatsApp, os clientes dessas empresas podem encontrar dificuldade ao tentar enviar mensagens para pessoas que possuam linhas das companhias intimadas pela Justiça.
A decisão judicial foi direcionada a TIM, Oi,Claro, Vivo e Nextel. Líderes no setor, as cinco possuem juntas 256 milhões de acessos móveis, o que corresponde a 99,3% do total no Brasil.
Minúsculas
Maior entre as minúsculas, a Algar confirmou não ter sido notificada. Ela atua em 87 cidades de Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul. Com base de 1,2 milhão de linhas de celular, atende 0,51% do total das linhas do país.
Os clientes da empresa já perceberam que não foram atingidos. “Quem é cliente Algar Telecom desliga o Wi-Fi e usa o wpp por rede normal que ele funciona”, sugeriu um internauta no Twitter. “Descobri porque meu WhatsApp não bloqueou... A operadora Algar Telecom não está entre a lista de bloqueio”, falou outro.
A decisão do juiz Marcel Maia Montalvão, da Vara Criminal de Lagarto, no Sergipe, atendeu a um pedido de medida cautelar da Polícia Federal, que foi endossado por parecer do Ministério Público.
O bloqueio foi pedido porque o Facebook, dono do WhatsApp, não cumpriu uma decisão judicial anterior de compartilhar informações que subsidiariam uma investigação criminal.
A recusa já havia resultado na prisão do presidente do Facebook para América Latina em março deste ano.
G1