Presidente Jair Bolsonaro / Reprodução do google.
O índice de popularidade do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, caiu para seu nível mais baixo em dois anos e nove meses de governo, com apenas 22% de opiniões favoráveis, é o que diz a pesquisa publicada nesta quinta-feira (16) pelo Instituto Datafolha.
De acordo com o levantamento, o
primeiro divulgado após as manifestações convocadas por Bolsonaro para o
feriado de 7 de setembro, apenas 22% dos entrevistados consideram que a gestão
do presidente é "ótima" ou "boa", em comparação com os 24%
que opinavam dessa maneira na pesquisa publicada em julho.
Já o índice dos que consideram seu
governo "ruim ou péssimo" subiu para 53%, após registrar 51% em julho
e 45% em maio, segundo a pesquisa, que ouviu 3.667 pessoas entre os dias 13 e
15 de setembro, e cuja margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou
para menos.
Entre os segmentos da população
que mais rejeitam Bolsonaro estão os negros (59%), os jovens de 16 a 24 anos
(59%) e os homossexuais/bissexuais (61%). Já os evangélicos (29%) e os empresários
(38%) registram a maior aprovação do presidente.
Desde que chegou ao poder em
janeiro de 2019, Bolsonaro acumula uma série de retrocessos em seus índices de
popularidade, em meio a fortes críticas por sua gestão da pandemia, que soma
mais de 588 mil mortes, por uma inflação que não dá trégua e o alto índice de
desemprego.
Em paralelo, o Supremo Tribunal
Federal (STF) investiga o presidente e seu entorno mais próximo em diversos
casos, entre eles a difusão de ataques contra o sistema eleitoral, e o suposto
crime de prevaricação relacionado a irregularidades na aquisição de vacinas
contra a Covid-19.
Além disso, segundo as projeções
mais recentes para as eleições presidenciais de 2022, Bolsonaro seria
facilmente derrotado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, até o
momento, ainda não confirmou oficialmente a sua candidatura.
Ao se sentir cada vez mais
pressionado, Bolsonaro convocou grandes mobilizações em seu apoio para o
feriado da independência em 7 de setembro, principalmente em Brasília e São
Paulo.
O presidente brasileiro esperava
que ao menos 2 milhões de pessoas comparecessem à manifestação na avenida
Paulista, no centro de São Paulo, mas a Polícia Militar calculou o número de
presentes em 125 mil manifestantes.
Com discursos inflamados, Bolsonaro atacou o STF e voltou a criticar o sistema de votação através de urnas eletrônicas. No entanto, e apenas dois dias depois, Bolsonaro recuou e garantiu que seus ataques e ameaças foram resultado do "calor do momento".
FONTE: DIÁRIO DE PERNAMBUCO.