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Os professores brasileiros nos
anos finais do ensino fundamental têm os piores salários entre 40 países
avaliados em um estudo da Organização para Cooperação do Desenvolvimento
Econômico (OCDE). Dados do levantamento sobre o impacto da pandemia do novo
coronavírus também mostraram que o Brasil foi o país que fechou as escolas por
mais tempo durante a pandemia.
O piso salarial dos docentes
brasileiros se mostrou o mais baixo entre 37 nações do bloco e dos três países
parceiros representados no levantamento. Em média, um professor brasileiro
recebe R$ 131.407 (US$ 25.030), por ano no nível pré-primário; R$ 133.171 (US$
25.366), no nível primário; R$ 135.135 (US$ 25.740), no nível secundário
inferior geral; e R$ 140.301 (US$ 26.724), no nível secundário superior geral.
Nos outros países da OCDE, porém,
as remunerações médias anuais dos professores eram de R$ 213.711 (US$ 40.707),
R$ 239.856 (US$ 45.687), R$ 251.937 (US$ 47.988) e R$ 271.682 (US$ 51.749) no
pré-primário, primário, secundário inferior e superior, respectivamente.
Mesmo os professores
universitários, que no Brasil recebem salários maiores, têm uma remuneração
48,4% inferior em relação à média mundial.
O levantamento também destacou que
88% dos profissionais que trabalham em educação básica são mulheres. Na
educação superior, porém, o cenário muda, com apenas 46% das salas de aula
ocupadas por mulheres em 2019.
Escolas fechadas na pandemia
Como medida para tentar evitar a
propagação da Covid-19, países do mundo inteiro fecharam escolas e suspenderam
aulas presenciais. Segundo o estudo da OCDE, entre janeiro de 2020 e maio de
2021, pelo menos uma parte dos alunos estava com as instituições fechadas em
todos os países que participaram da pesquisa.
Segundo o estudo, o Brasil foi o
último a voltar presencialmente nas escolas pré-primárias. Na educação básica,
o país só ficou atrás do México em tempo de fechamento. Ambos os países
totalizaram mais da metade dos dias de 2020 com as instituições de ensino
fechadas.
Os responsáveis pelo relatório comentam que os primeiros anos de vida são cruciais para o desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças, principalmente aquelas mais vulneráveis. A pesquisa destaca que aplicar métodos eficientes de aprendizagem remota é ainda mais desafiador de acordo com a faixa etária dos alunos. "Sempre que possível, as escolas devem permanecer abertas, com medidas de saúde adequadas que minimizam os riscos para alunos, funcionários e o restante da população", aponta o estudo.
FONTE: DIÁRIO DE PERNAMBUCO.