Segundo dados da consultoria Gartner, o mercado de TI no Brasil no ano passado teve um dos piores desempenhos dos últimos anos. Em 2015, foi registrado uma retração significativa de 30% nos gastos das empresas com recursos computacionais em comparação com o ano anterior.
Para 2016, a consultoria espera que a queda no mercado seja menos acentuada, com uma previsão de queda nos gastos na ordem de 12,9%.
A curto prazo, o cenário deverá seguir ruim, mas o setor poderá apresentar sinais de melhora em 2017. A partir do próximo ano, a indústria no país começa a retornar boas taxas de evolução e a perspectiva é de um crescimento na faixa de 1,6% nos investimentos alocados em recursos computacionais em comparação com 2016.
Contudo, a evolução acontece devido a um ambiente que sofreu bastante no passado recente. Sendo assim, as quedas nos investimentos medidas pela Gartner levam o setor a patamares semelhantes aos registrados no ano de 2013.
Vale a pena ressaltar que a consultoria reporta o desempenho baseado em dólares americanos. Assim, a forte oscilação da moeda desde meados de 2015 é uma das principais vilãs nos estragos causados no setor de TI. Dessa forma, é muito provável que a retração não seja tão acentuada em um contexto de moeda estável.
Para o vice-presidente de pesquisa da Gartner Donald Feinberg, os compradores ficaram mais cautelosos em função do ambiente político e econômico que o país vive atualmente.
Para o especialista, este é o momento ideal para que os CIOs iniciem avanços mais intensos para a computação na nuvem. "O cloud é uma forma das empresas economizarem imediatamente. É um tema muito importante para o momento no Brasil", afirma. No entanto, com base em dados recentes, os gastos em serviços de nuvem pública tiveram retração de 9,6% em 2015. Para 2016, o cenário do mercado de computação na nuvem deve ser melhor, com expansão de 5,6%. Já em 2017, a perspectiva é que o crescimento de serviços de nuvem chegue a 19,8%.
R7