Publicada em 13/05/2016 às 09h00.
No Dia da Abolição da Escravatura, conheça os passos negros no Recife
Escravos eram vendidos na Rua do Bom Jesus, antiga Rua da Cruz, no período da colonização no Brasil.

Quem circula por alguns bairros do Recife nem imagina que a cidade já foi acorrentada pela escravidão na primeira metade do século 16, quando houve o início da colonização dos portugueses. Em alusão à libertação dos escravos, comemorada nesta sexta-feira (13), o NE10 trilhou os caminhos da história emblemática da presença afro no Recife.


 

Para suprir a mão de obra nas atividades manuais, os portugueses usaram os índios no trabalho das lavouras. Os religiosos católicos, no entanto, barraram e conderanaram a ideia de levar adiante a atividade escrava da população indígena. Para suprir a demanda, os colonizadores foram em busca de negros na África para trabalhar nas colônias. A partir de então, deu-se a entrada da população negra no Brasil. Segundo historiadores, houve mais de 3,5 milhões de africanos trazidos entre os anos de 1530 e 1850.


Trazidos nos cargueiros, na época chamados de Navios Negreiros, os escravos deram os primeiros passos no Recife para serem comercializados na zona portuária. A antiga Rua da Cruz, atual Rua do Bom Jesus, Bairro do Recife, centro da Capital pernambucana, foi um dos locais onde foi palco para vendas de negros.


Os escravos eram comprados para trabalhar nos engenhos de açúcar e nos canaviais, exercendo diversas atividades nas fazendas dos senhores de engenho, segundo Bráulio Moura, gerente de turismo do Recife. "Na Capital pernambucana, antigos engenhos deram origem aos bairros como o de Casa Forte, Apipucos, Engenho do Meio, Várzea, Monteiro, entre outros", contou. Nesses locais, escravos domésticos trabalhavam nas residências e comércios do Recife.


Em 1850, houve o primeiro passo para extinção do tráfico negreiro. Vinte anos mais tarde, no anos de 1871, foi declarada a Lei do Ventre-Livre. Essa lei tornava livre os filhos de escravos que nascessem a partir de sua promulgação.


Já os negros de mais de 65 anos foram beneficiados com a aprovação da lei Saraiva-Cotegipe ou dos Sexagenários em 1885. Por fim, a princesa Isabel assinou no dia 13 de maio de 1888, por meio da Lei Áurea, a libertação total dos escravos no Brasil.

 


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