Dois traficantes suspeitos de participação na troca de tiros que resultou na morte de uma garota de seis anos, vítima de bala perdida, foram presos pela Polícia Militar (PM) no Alto da Bela Vista, no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife. O tiroteio ocorreu na noite da última quinta-feira (12), durante uma disputa entre grupos rivais pelo tráfico de drogas na região. A garota chegou a ser socorrida e internada no Hospital da Restauração (HR), mas não resistiu e morreu na tarde do último sábado (14).

Para chegar aos suspeitos, a polícia contou com a ajuda de moradores da região, que colaboraram ao informar as características dos envolvidos. Após algumas rondas na área, a polícia conseguiu localizá-los. Com os dois, a PM encontrou drogas, dinheiro e uma espingarda calibre 12. Os polícias ainda não sabem, no entanto, se o tiro que atingiu a menina saiu da arma que foi apreendida com a dupla. Segundo a polícia, o grupo que trocou tiros com os presos também já foi identificado, mas até agora nenhum dos integrantes foi encontrado.

Neste domingo (15), familiares da garota se encontravam no Instituto de Medicina Legal (IML) para acompanhar a liberação do corpo. O enterro está previsto para acontecer às 16h no Cemitério São José, no Cabo de Santo Agostinho.

Relembre o caso
A menina de 6 anos atingida na cabeça por uma bala perdida no Alto Bela Vista, Cabo de Santo Agostinho morreu na tarde deste sábado (14), no Hospital da Restauração (HR). O caso ocorreu na noite da quinta-feira (12) e, desde então, a criança seguia internada na emergência pediátrica HR, na área central do Recife.

De acordo com a Polícia Militar, a garota voltava da escola com os irmãos quando aconteceu a tragédia. Moradores informaram que houve um intenso tiroteio no fim da tarde e início da noite da quinta.

As aulas na Escola Municipal Santo Antônio, onde a menina estudava, foram suspensas na manhã de sexta-feira (13). A sensação no local era de apreensão e medo por parte dos pais e estudantes. Na ocasião, a secretária do colégio informou que essa não é a primeira fez que o centro de ensino fecha as portas por causa da violência na região.

G1