Sandra falou pela primeira vez nesta quinta-feira (28) / Reprodução do google.
Pela primeira vez, Sandra Mara Fernandes, esposa do personal trainer que agrediu o ex-morador Givaldo Alves, falou em entrevista sobre o episódio. Ao SBT Brasília nesta quinta-feira (28), ela definiu como "os piores dias da vida" o período em que passou internada após o caso, que aconteceu no Distrito Federal (DF).
A mulher revelou que foi diagnosticada com transtorno afetivo bipolar, de muita euforia, que a levou a um surto psicótico. Emocionada, ela disse que teve a sensação de perder o controle da sua vida.
“Me senti totalmente dilacerada. Eu não esperava que tomasse a proporção que tomou. Me senti humilhada pela sociedade. Eu não aceito o que falaram sobre mim, porque eu não sou essa mulher. Eu não trai o meu marido, eu não escolhi passar por um surto".
Sandra revelou que, no momento das alucinações, ela pensou que o então mendigo fosse seu marido, o personal trainer Eduardo Alves, mas que pessoas não acreditavam na sua versão dos fatos." Não sei por que eu fui escolhida para passar por isso. Não escolhi ser exposta e humilhada. Eu não tive escolha. Não tiveram empatia e me taxaram de algo que sei que não sou", defende.
A comerciante do ramo de vestuário falou sobre a dificuldade de saber o que estavam falando sobre ela e pediu respeito: “Eu não queria ver o que estavam falando sobre mim. Doeu muito, eu perdi noites de sono, mesmo tomando remédio. Antes de a Sandra ser aquela mulher que teve relação com o morador de rua, eu sou mãe, eu sou esposa, eu sou um ser humano que merece respeito".
Defesa do marido
A mulher falou ainda sobre os ataques que o marido recebeu, quando pessoas definiram seu surto como uma traição.
“Não acreditei que taxaram meu marido como corno nessa situação, que não entenderam o lado dele e por que ele me defendeu tanto, que seria mais fácil pra ele me abandonar. Que mundo é esse que a gente vive em que abandonar a esposa doente, comprovadamente, é mais fácil? Por que não aceitam que foi uma doença? Por que atacaram tanto ele?", questionou, indignada.
Sandra reiterou o quão importante foi o apoio de Eduardo para sua recuperação. "Eu preciso, sim, defender o Eduardo assim como ele me defendeu. Ele não tem que me aceitar, ele tem que me apoiar, porque eu não trai ele. Eu em sã consciência jamais teria feito o que eu fiz. O ato dele de extrema violência foi pra tentar me proteger", argumentou.
Ela ainda deu detalhes sobre os momentos da internação. "Eu pensei em desistir. Tive muita crise de ansiedade na clínica, não conseguia focar só no meu tratamento", relatou.
FONTE: DIÁRIO DO NORDESTE.