(Foto: rede social)
A morte do garçom Everson Inaldo da Silva, 23 anos, foi o terceiro assassinato envolvendo vítimas homossexuais no Estado este ano. A informação é do presidente do Grupo Gay de Alagoas (GGAL), Nildo Correia.
Em entrevista, ele afirmou que vai cobrar rigor na apuração do crime. O inquérito será instaurado por meio de portaria pelo delegado de Jacuípe, Edinaldo Marques.
Segundo o presidente do GGAL, no ano passado, 21 homossexuais foram mortos em Alagoas, quando registraram-se, ainda, 89 agressões físicas e morais. Nos três primeiros meses deste ano, já foram contabilizadas cinco destas ocorrências.
“Estamos cobrando do governo do Estado a retomada do Grupo de Trabalho (GT) de Segurança Pública, que desde o início desta gestão está desativado”, afirmou Nildo Correia.
O crime
Nado, como era conhecido, morreu na madrugada de quinta-feira (9), no Hospital Regional de Palmares (PE), onde deu entrada após ser esfaqueado por dois homens não identificados na Rua Nova, por volta das 23 horas de quarta-feira (8), no Centro de Jacuípe, a cerca de 120 km de Maceió, região Norte de Alagoas.
Nas redes sociais, internautas chegaram a afirmar que o garçom foi vítima de homofobia.
“O que leva uma pessoa a ser assim tão fria ao ponto de tirar a vida de um jovem só pelo fato dele ser LGBT? A que ponto chegou o preconceito em nossa pequena cidade de Jacuípe? Hoje foi ele e amanhã quem será a próxima vítima?”, indagou uma moradora.
Mas, a Polícia Civil descarta que o crime tenha relação com a orientação sexual da vítima.
“Segundo relatos, queriam algo dele e, na recusa, deram duas facadas e fugiram”, afirmou o chefe de Operações Policiais da delegacia de Jacuípe, Alex Sandro Nunes de Araújo.
As facadas atingiram o abdômen da vítima, que chegou a ser socorrida com vida e levada ao Hospital Regional de Palmares, na Mata Sul de Pernambuco. Entretanto, Everson Inaldo não resistiu aos ferimentos e morreu.
GW