Publicada em 26/11/2024 às 08h22.
TCE-PE aponta superlotação e condições precárias nos presídios de Pernambuco
Auditoria recomenda ações urgentes para ampliar vagas, melhorar infraestrutura e garantir direitos básicos aos detentos

Foto: Divulgação.   


 Um relatório do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) revelou a grave situação do sistema prisional no estado, que opera com um déficit de 14,6 mil vagas. Segundo a auditoria, existem atualmente 26.875 detentos para 12.276 vagas disponíveis, exigindo uma reestruturação emergencial para conter a superlotação e melhorar as condições nas unidades.


A investigação, conduzida pela Gerência de Fiscalização da Segurança e Administração Pública do TCE-PE, identificou uma série de problemas críticos, como má conservação dos prédios, falta de saneamento básico, insuficiência de recursos para manutenção e programas limitados de profissionalização para os detentos.


A auditoria também listou atrasos e paralisações nas obras de expansão do sistema, com destaque para unidades como o Presídio Frei Damião Bozzano e a Penitenciária Juiz Plácido de Souza. Apenas o Presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros, o Centro de Saúde Penitenciário e a Penitenciária de Tacaimbó apresentaram condições de funcionamento adequadas.


Determinações e recomendações

O relatório elaborado pelo conselheiro Marcos Loreto determinou à Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Saep) que tome medidas imediatas, como:

  • Garantir colchões, kits de higiene e materiais de limpeza aos presos;
  • Lotar exclusivamente policiais penais femininas em unidades para mulheres;
  • Implementar protocolos para acabar com o atendimento médico desumanizado, em que detentos são algemados durante consultas.

Recomendações adicionais incluem:


  • Concluir obras paralisadas em presídios como Frei Damião Bozzano e Complexo Prisional de Araçoiaba;
  • Redistribuir o efetivo de policiais penais entre as unidades;
  • Ampliar vagas de trabalho e educação para detentos, garantindo programas de alfabetização e remição de pena por leitura.

A auditoria também pediu reforço do número de defensores públicos nas unidades prisionais para atender à demanda de assistência jurídica.



FONTE: CBN RECIFE.

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