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A Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social (SDS) emitiu nesta sexta-feira (28) uma orientação aos comandantes e chefes das polícias Civil e Militar para proibir o trabalho de segurança privada nos horários de folga dos policiais. A recomendação ressalta que a tropa deve ter dedicação integral e exclusiva ao serviço público.
“A recomendação visa coibir o chamado 'bico' ou 'viração', quando policiais atuam em seus horários de folga em vigilância, segurança privada, escolta e outros serviços contratados”, diz o texto.
Segundo a SDS, esse tipo de atuação configura transgressão disciplinar. Sendo assim, o policial que insistir poderá sofrer um procedimento administrativo ou, até mesmo, ser expulso da corporação.
“Há exceções constitucionalmente permitidas de atividades profissionais paralelas à carreira policial, como lecionar, ainda assim com anuência da chefia e nos horários de folga, sem prejuízo ao serviço público”, completa a orientação.
Para o presidente do Sindicato de Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol), Áureo Cisneiros, a determinação só serve para constranger e desmotivar ainda mais o policial. “O policial está ganhando mais fora e trabalhando menos. Essa orientação constrange mais o policial, que já está desmotivado. Toda semana o governo cria situações para desmotivar ainda mais os policiais”, acredita.
Por telefone, o presidente da Associação de Praças de Pernambuco (Aspra-PE), José Roberto Vieira, disse que vai ler o documento antes de se pronunciar sobre a recomendação.
Já o vice-presidente da Associação de Cabos e Soldados (ACS-PE), Nadelson Leite, acredita que a orientação é uma forma "ditatorial” de obrigar o policial a fazer Programa de Jornada Extra de Segurança (PJES). “A tropa já está desmotivada. O secretário de Defesa Social [Angelo Gioia] está perseguindo e assediando moralmente os policiais”, comentou.
G1