Sirinhaém com 71 milímetros, Barreiros com 58 e Maraial com 51, foram as três cidades depois de Rio Formoso que mais tiveram chuva nas últimas 12 horas. A estação de Camela, em Ipojuca, foi a que mais registrou acúmulo de água no Grande Recife, com 83 milímetros. Ela é seguida por Piedade, em Jaboatão dos Guararapes com 48 milímetros, Enseada dos Corais, no Cabo de Santo Agostinho com 44 e Guarabiraba, em Recife, com 32 de acúmulo.

Moradores e motoristas tiveram dificuldade em se deslocar nos municípios atingidos. Em Rio Formoso, houve ruas que mais pareciam rios. Com o nível da água batendo na metade do carro, o acesso à Rua Cosmorama, na divisa entre Jaboatão dos Guararapes e Recife, era quase impossível no início da manhã desta quinta-feira (29).

Ao analisar as últimas 24 horas de chuva, Rio Formoso apresentou um acúmulo de 113,68 milímetros. No município de Barreiros, foram 104,23 milímetros. Em Olinda, o bairro de Jardim Brasil foi tomado pela água. Há quem não se arriscava passar em algumas ruas. Próximo ao bairro de Jardim Brasil, Aguazinha, também em Olinda, registrou 61,54 milímetros de chuva.

Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) prorrogou, na quarta-feira (28), o alerta de chuvas fortes para o Recife. O aviso, emitido às 17h, é válido até o mesmo horário desta quinta-feira (29). Na terça (27), o órgão havia emitido outro alerta de chuvas moderadas e ocasionalmente fortes para a capital pernambucana e a Zona da Mata do estado.

Um mês após a enchente que assolou a Mata Sul e o Agreste de Pernambuco, 9.277 pessoas ainda estão fora de suas casas. Esse número chegou a mais de 55 mil em um momento de pico. Foram 490 habitações destruídas e 4.951 danificadas por conta das chuvas. Ao todo, 27 municípios foram considerados em situação de emergência.

Em todo o estado, 52 rodovias foram danificadas - foram 1.627 quilômetros que sofreram ação das águas. O temporal causou enchentes, deslizamentos de barreiras e cinco mortes.

G1