"Ela não está morta. Ela tem sinais de vida. Ela não está com a temperatura de morto. Acredito que minha filha está viva", diz.
O delegado Manuel Wanderley Cavalcante foi ao local e pediu uma nova avaliação médica para confirmar a morte de Débora. O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML), em Maceió, que confirmou a morte da jovem no início da noite, após uma necropsia.
Débora Isis Mendes de Gouveia, 18 anos, deu entrada no Hospital Geral do Estado (HGE) no dia 6 de novembro com infecção urinária. O problema de saúde se agravou e ela teve uma infecção nos rins e precisou ser transferida.
No dia 8 de novembro, ela deu entrada no Hospital Vida, localizado na Jatiúca. No dia 12, às 14h10, a jovem foi dada como morta. Na certidão de óbito consta que ela morreu devido a infecção renal. Desde então, Débora Isis está dentro de um caixão, mas a família se nega a fazer o enterro.
"Antes de ir para o HGE, ela foi para o Hospital IB Gato Falcão. Lá eles aplicaram um soro sedativo e depois disso a menina começou a convulsionar e foi transferida para o HGE. Lá constataram infecção intestinal, urinária e generalizada. De lá, ela estava quase em coma quando foi transferida para o Hospital Vida, onde atestaram o óbito dela no domingo", disse o irmão Davi César Mendes, 15 anos, que também diz acreditar que a menina está viva.
Em entrevista ao G1, a mãe disse que a família tem histórico de catalepsia, um fenômeno que deixa a pessoa em um estado que pode ser confundido com a morte. Teresa afirmou que ela própria já passou por isso, quando tinha dois anos.
Os moradores da região também dizem acreditar que a jovem está viva. "Eu acredito em um Deus vivo. É uma menina evangélica. A mãe dela não é louca. Ela não está fedendo. É capaz de ela se levantar dali para mostrar a muita gente que Deus existe", relata.
Ailton Gabriel dos Santos, 43 anos, esteve na casa de Débora e fez uma oração com a família nesta manhã. Ele afirma que viu a menina chorar.
"Quando a gente estava orando, a lágrima dela desceu. O irmão dela pegou na mão dela, e ela apertou. Colocaram algodão em todos os lugares, não era para terem colocado. Isso aí que está acontecendo é milagre de Deus. Eu creio no Deus do impossível", diz um vizinho da família.
O promotor de Justiça Magno Alexandre Moura, da 2° promotoria da cidade, esteve na casa de Débora Isis e disse para a imprensa que acredita que ela está morta.
"Nós vamos conversar com a mãe da falecida para saber das dúvidas dela, pois aqui já podemos ver que a menina está falecida. A menina passará pelo exame de catalepsia e por um parecer médico do IML. Mas, aparentemente, a pessoa está morta e precisa ser enterrada", disse.