Foto: Anderson Stevens/Folha de Pernambuco
Das mais variadas qualidades que Náutico e Santa Cruz precisarão buscar em seus futuros contratados para a temporada 2019, uma delas será o talento com a bola parada. O Timbu terá de melhorar e muito no quesito porque não teve um especialista em 2018. Dos 65 gols marcados na temporada, 18 foram através do fundamento (27,6%), mas apenas um em cobrança de falta. Porcentagem parecida com a do Tricolor (27,2%), embora os rivais tenham conseguido uma vantagem nos tentos em faltas diretas, com cinco gols. Ao todo, das 44 bolas na rede da Cobra Coral, 12 saíram de tiros livres, escanteios e pênaltis.
“Estamos procurando um jogador com essa característica. Particularmente acho importante ter alguém assim no elenco. Também queremos atletas com intensidade, dando sequência ao estilo que foi adotado por Márcio Goiano (técnico)”, afirmou o vice-presidente de futebol, Diógenes Braga. Desde a saída de Marco Antônio, no início de 2017, o Timbu não tem um especialista na bola parada.
O autor do único gol do Náutico em tiro livre direto foi o prata da casa Willian Gaúcho, na vitória alvirrubra por 3x2, pelo Campeonato Pernambucano. Os demais 17 foram divididos em pênaltis (oito), gols após escanteio (oito) e um com assistência em cobrança de falta. Nas penalidades, Júnior Timbó, três vezes, Ortigoza, duas, além de Jobson, Dudu e Wallace Pernambucano, todos uma vez, marcaram. Camutanga fez de cabeça após falta cobrada por Wallace.
Nos escanteios, as cobranças que se transformaram em assistências saíram dos pés de Fernandinho, Assis e Jobson, todos com dois cruzamentos, além de Rogerinho e Jhonnatan, ambos com um. Os beneficiados foram Ortigoza (quatro), Wallace (dois), Camacho e Assis (um).
Diferentemente de 2015 e 2017, o Santa Cruz não teve um especialista em bola parada na temporada 2018. Surgiram até candidatos ao longo dos campeonatos, como os meias Daniel Sobralense, Arthur Rezende, Carlinhos Paraíba e Charles. Do quarteto, os três últimos marcaram um gol de falta frontal. Além deles, o lateral-direito Vítor e o meia Hericles também balançaram as redes uma vez após cobrança direta para a meta adversária.
O fundamento foi sucesso no Arruda em 2017 com o zagueiro-artilheiro Anderson Salles, que marcou 11 gols, sendo dez deles de falta. Em 2015, o meio-campista Daniel Costa era a arma do Santa na bola parada. Dos seus sete tentos, quatro foram em cobranças diretas para a barra.
Para 2019, a diretoria do Santa Cruz deve buscar um jogador diferenciado na bola parada. Como de praxe, uma das exigências da torcida é a contratação de um camisa 10 com características de um armador clássico: batedor de falta, passe refinado e qualidade para criar as jogadas de ataque.
Folha PE