Publicada em 09/11/2023 às 10h10.
Com tema 'Terra Indígena', Homem da Meia-Noite homenageia Marron Brasileiro, Caboclinho 7 Flexas e Povo Xukuru no carnaval 2024
Informações foram divulgadas nesta quarta (8), em Olinda. Figurino do Calunga é confeccionado pela estilista indígena Dayana Molina, descendente das etnias fulni-ô e aymará.

'Terra índigena' é tema do desfile do Homem da Meia-Noite em 2024 / Reprodução: Folha-PE.


Figura mística do carnaval de Olinda, o Homem da Meia-Noite já tem um tema para desfilar pelas ladeiras em 2024: “Terra Indígena”, para celebrar os povos A informação foi divulgada nesta quarta-feira (8).


Também foram definidos os homenageados do desfile do Homem da Meia-Noite no carnaval 2024:


O cantor e compositor Marron Brasileiro: recifense da Mustardinha, na Zona Oeste, ele compôs sucessos como “Deusa de Itamaracá” e “Galera do Brasil” e tem influências do baque do caboclinho;


O grupo Caboclinho 7 Flexas: fundado em 1971, no bairro de Água Fria, na Zona Norte do Recife, leva o sincretismo afro-indígena da jurema para o carnaval através das batidas tradicionais;


O Povo Xukuru do Ororubá: nação com 8.179 indígenas assentados em território demarcado que faz de Pesqueira, no Agreste, a sexta cidade com maior número de indígenas do país.


No dia 2 de fevereiro, aniversário de 92 anos do Homem da Meia-Noite, o Calunga irá até o território do povo Xukuru para receber a roupa que será usada no carnaval. O figurino está sob responsabilidade da estilista indígena Dayana Molina, descendente das etnias fulni-ô e aymará.


Para o presidente do Homem da Meia-Noite, Luiz Adolpho, o tema “Terra Indígena” é um resgate histórico necessário. “Vivemos num mundo extremamente desafiador, de guerra de individualismo e nada melhor do que a gente fazer um mergulho na história e trazer a coletividade, o respeito à natureza, o respeito à ancestralidade”, justificou.


O que dizem os homenageados


Para o cacique Marquinhos Xukuru, a homenagem é importante para dar visibilidade às lutas dos povos indígenas no país.


"Essa homenagem vem nesse sentido, buscando ancestralidade, a história desse país, a reconstrução que estamos tentando fazer. Está sendo muito importante para o povo Xukuru e [para] Pesqueira que vai receber o Homem da Meia-Noite", comentou o líder indígena.


Paulo Sérgio, presidente do Caboclinho 7 Flechas, é um fã antigo do gigante. Para ele, o reconhecimento foi emocionante. “[Ser homenageado] era um sonho muito grande porque eu sempre amei esse boneco, que é o calunga do Homem da Meia-Noite. [...] É uma imensa gratidão que vai ficar pelo resto da minha vida”.


O cantor Marron Brasileiro, aproveitou o anúncio para cobrar investimentos públicos na cultura. “A cultura não é cara, nunca foi, nem será. A nossa cultura é a nossa saída, é a chave que abre todas as portas, não somente do estado de Pernambuco, como do Brasil”, alertou o artista.


Nova camisa


Nesta quarta (8), também foi apresentada a camisa oficial do Homem da Meia-Noite para o carnaval de 2024. Criada pelo artista plástico Antônio Mendes, a camisa tem a proposta de unir os traços do artista com cores e elementos que remetem ao tema “Terra Indígena”.


A partir do sábado (11), a camisa é vendida por R$ 50 na sede do Homem da Meia-Noite, na Estrada do Bonsucesso, 132, em Olinda . As vendas no Espaço Afetivo do Homem da Meia-Noite no Shopping Patteo, na Rua Carmelita Muniz de Araújo, 225, em Casa Caiada, começam no dia 25 de novembro.



FONTE: G1.

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