Foto meramente ilustrativa / Divulgação.
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) determinou nesta segunda-feira (29) a prisão temporária de 14 PMs acusados de agredir e torturar um colega de farda durante curso de formação para o Batalhão de Choque (BPChoque), em Brasília. Segundo a vítima, o soldado Danilo Martins, de 34 anos, as agressões ocorreram na última segunda-feira (22).
Na denúncia ao Ministério Público, o PM disse que foi torturado por cerca de oito horas, dentro do próprio quartel do BPChoque da Polícia Militar, para que desistisse do curso de formação. Segundo ele, as agressões e humilhações só terminaram após a assinatura de termo de desistência.
Após as agressões, Danilo chegou a ficar internado no hospital por seis dias. O soldado foi diagnosticado com insuficiência renal, rabdomiólise (ruptura do músculo esquelético), ruptura no menisco, hérnia de disco e lesões lombar e cerebral.
O policial revelou ao MP que levou pauladas, chutes nos joelhos, estômago e na face dos próprios colegas de farda da PM. Na denúncia, Danilo também contou que levou gás lacrimogênio e gás de espuma no rosto e foi obrigado a tomar café com sal e pimenta.
Além do pedido de prisão dos 14 PMs, a Justiça determinou o afastamento do comandante do Patrulhamento Tático Móvel do Batalhão de Choque (BPChoque), Calebe Teixeira.
FONTE: AGÊNCIA BRASIL.