Febre do Oropouche é disseminada pelo mosquito maruim / Foto: Fiocruz.
Transmitida pelo
mosquito maruim e pela muriçoca, a Febre do Oropouche infectou mais quatro
moradores de municípios pernambucanos.
De acordo com o novo balanço divulgado pelo Laboratório Central de
Pernambuco (Lacen-PE) nesta quarta-feira (24), o Estado já confirmou 86
casos de infecção pelo vírus, que causa sintomas parecidos com os da
dengue e chikungunya.
Segundo o laboratório, os novos
casos foram detectados nos municípios de Jaqueira, na Zona da Mata Sul;
Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife; e Aliança, na Zona da Mata
Norte. Além desses, o vírus também foi identificado em pacientes das
seguintes cidades:
- Pombos;
- Água Preta;
- Moreno;
- Maraial;
- Cabo de Santo Agostinho;
- Rio Formoso;
- Timbaúba;
- Itamaracá;
- Jaboatão dos Guararapes;
- Catende;
- Camaragibe.
No Brasil, mais de 7 mil
casos foram confirmados em 16 estados. São eles: Acre, Amapá, Amazonas, Bahia,
Espírito Santo, Minas Gerais, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Piauí,
Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Tocantins.
Ceará, Pará e Mato Grosso do Sul ainda têm investigações.
Os principais sintomas
da Febre do Oropouche são:
- Febre alta;
- Dor de cabeça;
- Dores musculares e
articulares;
- Naúsea;
- Diarreia.
Atualmente, o Ministério da
Saúde investiga três mortes suspeitas de Febre do Oropouche no país,
sendo uma em Santa Catarina e duas na Bahia.
De acordo com a pasta, a
análise deverá passar por uma avaliação criteriosa dos aspectos clínicos
epidemiológicos, considerando o histórico do paciente e a realização de exames
laboratoriais.
Caso confirmado, essas serão
as primeiras mortes pelo vírus documentadas no mundo.
Relação da doença com a
morte de fetos
Em Pernambuco, a Secretaria
Estadual de Saúde (SES-PE) investiga a possível relação entre a febre e a morte
de dois fetos durante 30º semana de gravidez.
Como a relação entre a
arbovirose e a morte fetal é inédita na literatura científica, os casos,
registrados nos municípios de Rio Formoso, na Mata Sul, e de Ipojuca, ainda
estão sendo debatidos com especialistas.
De acordo com
o diretor-geral de Vigilância Ambiental da SES-PE, Eduardo Bezerra, a
predominância de casos na Zona da Mata se dá porque o vírus tem maior
ocorrência em regiões mais úmidas.
"O crescimento dos casos pode estar relacionado ao comportamento que as arboviroses já apresentam em sua sazonalidade, além de uma sensibilidade maior dos municípios no registro de pessoas sintomáticas", alertou.
FONTE: FOLHA PE.