Mpox é uma doença zoonótica viral / Foto: Fiocruz.
Pernambuco notificou, nos seis primeiros meses deste ano, um total de 10 casos de Mpox. Na última quarta-feira (14), a Organização Mundial de Saúde (OMS) voltou a classificar a doença como uma emergência em saúde pública a classificar a de importância internacional, o nível mais alto de alerta da organização.
Todos os 10 casos foram confirmados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) na Região Metropolitana do Recife (RMR).
Em 2023, acrescenta a SES-PE, o Estado registrou 23 casos da doença. Já em 2022, foram 325 ocorrências.
"A SES-PE, por meio do Laboratório Central de Pernambuco (Lacen-PE), destaca que as análises para Mpox estão ocorrendo normalmente e que o Lacen-PE está abastecido com os insumos necessários. O laboratório, ainda, disponibiliza kits de coleta", explicou a secretaria estadual, por meio de nota.
Ainda de acordo com a SES-PE, todas as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) são capacitadas e responsáveis em realizar os atendimentos e a coleta do exame de swab dos casos suspeitos de Mpox.
Quando necessário, o encaminhamento é feito para serviços de referência: Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), Hospital Correia Picanço (HCP), Hospital das Clínicas (HC), Hospital Agamenon Magalhães (HAM) e Hospital Barão de Lucena (HBL).
Por meio de nota, a Secretaria de Saúde do Recife (Sesau Recife) afirma que mantém a vigilância e monitoramento de casos suspeitos e confirmados, bem como atua de forma continuada na prevenção da transmissão da doença e, por fim, seguirá as ordens do Ministério da Saúde.
"Diante do novo contexto epidemiológico mundial, com o surgimento de uma nova variante, órgãos internacionais e nacional de referência técnica têm emitido alertas e orientações sobre a doença. Desta forma, a Sesau Recife seguirá as recomendações do Ministério da Saúde à medida em que as atualizações sobre distribuição de casos, transmissibilidade, manifestações clínicas, gravidade, meios de prevenção e controle forem ocorrendo".
Surto de Mpox
Os casos globais de Mpox caíram depois do inédito surto que aconteceu há dois anos, mas a doença continuou a circular. Na República Democrática do Congo (RDC), a situação é complicada: só neste ano foram mais de 14 mil infectados e 524 mortos. O cenário foi impulsionado por uma nova linhagem do vírus, mais mortal.
A nova cepa é a Clado 1b, linhagem responsável pela alta de casos na RDC. O surto de 2022 foi causado pela cepa Clado 2, mais branda e que adquiriu a capacidade de se transmitir por meio de relações sexuais.
FONTE: FOLHA PE.