Jair Renan Bolsonaro / Foto: Divulgação.
O Banco Santander solicitou novamente à Justiça o bloqueio das contas de Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, para assegurar o pagamento de uma dívida de R$ 360 mil referente a empréstimos não quitados. O pedido foi protocolado nesta segunda-feira (19) e visa garantir que o candidato a vereador em Balneário Camboriú (SC) salde o débito com a instituição financeira.
Essa é a segunda vez que o banco busca o confisco dos bens de Jair Renan. A primeira solicitação foi feita no início de abril, logo após o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) aceitar uma denúncia do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) que acusa o jovem de lavagem de dinheiro, uso de documentos falsos e falsidade ideológica.
A nova petição ocorre em meio à candidatura de Jair Renan para a câmara municipal de Balneário Camboriú. Em sua declaração ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele informou possuir um patrimônio de R$ 42.069,79 em depósitos bancários. No entanto, o advogado Flávio Neves Costa, representante do Santander, informou que o pedido de bloqueio de bens feito anteriormente ainda não foi cumprido pelo TJDFT.
O pedido atual visa realizar uma pesquisa de ativos financeiros via Sisbajud, o sistema de busca de ativos do Poder Judiciário, para identificar e congelar eventuais valores em nome de Jair Renan. O sistema permite que ordens judiciais sejam enviadas às instituições financeiras, que retornam com informações bancárias detalhadas.
A investigação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) revelou que Jair Renan teria falsificado documentos relacionados ao faturamento da empresa RB Eventos e Mídia para obter empréstimos com o banco. A empresa inicialmente recebeu um empréstimo de R$ 157 mil, seguido por mais dois empréstimos de R$ 251 mil e R$ 291 mil, respectivamente.
O Banco Santander iniciou uma ação judicial para cobrar a dívida não quitada de Jair Renan e da empresa, solicitando agora o bloqueio dos bens como medida para garantir o pagamento. O caso ainda está sob investigação e aguarda julgamento no TJDFT. Em agosto do ano passado, Jair Renan foi alvo de um mandado de busca e apreensão em dois endereços, um em Balneário Camboriú e outro em Brasília, como parte da mesma investigação.
FONTE: NOTÍCIAS AO MINUTO.