Publicada em 28/08/2024 às 07h19.
Exército inicia inquérito contra 4 militares envolvidos em carta golpista pró-Bolsonaro
A investigação é resultado de uma sindicância aberta pelo comandante Tomás Paiva

Exército Brasileiro / Foto: Divulgação.    


 O Exército Brasileiro iniciou nesta terça-feira (27) um inquérito policial militar para investigar quatro coronéis envolvidos na redação e assinatura de uma carta golpista que pressionava o Comando do Exército a intervir na eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O documento, divulgado em novembro de 2022, levantou suspeitas de tentativa de golpe e levou à abertura de uma sindicância pelo comandante Tomás Paiva.


O inquérito foca em quatro oficiais: Alexandre Castilho Bitencourt da Silva e Anderson Lima de Moura, ambos da ativa, e Carlos Giovani Delevati Pasini e José Otávio Machado Rezo Cardoso, ambos da reserva. Estes quatro são investigados formalmente, pois a sindicância concluiu que eles podem ter cometido crimes militares ao redigir e publicar a carta. A sindicância revelou que 37 militares participaram do caso, sendo quatro como autores do texto e 33 como signatários.


A investigação revela que, além dos quatro coronéis, 26 outros militares foram punidos por transgressões disciplinares. Entre eles, estão 12 coronéis, nove tenentes-coronéis, um major, três tenentes e um sargento. As punições variaram de advertências a detenção, conforme o rigor das decisões dos comandantes regionais.


A carta, divulgada na internet em 29 de novembro de 2022, buscava pressionar o então comandante do Exército, Marco Antonio Freire Gomes, a apoiar um golpe militar contra o governo recém-eleito. O documento alegava que a população estava "intimidada" e pedia ao Exército que interviesse para restabelecer a ordem e a liberdade.


A investigação da Polícia Federal indicou que a carta foi enviada ao tenente-coronel Mauro Cid, então ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro, antes de sua divulgação. Na época, bolsonaristas radicalizados estavam acampados em frente aos quartéis, pedindo uma intervenção das Forças Armadas contra o resultado eleitoral.


O Exército tomou medidas imediatas para coibir a adesão ao manifesto, com o general Fernando Soares alertando os chefes de organizações militares sobre as consequências de apoiar iniciativas golpistas. A carta coincidiu com um período de crescente tensão e pressão política sobre o Exército, incluindo ataques a generais que se opunham a ações antidemocráticas.


A investigação continua em andamento, com o objetivo de esclarecer o envolvimento dos oficiais e a extensão das ações golpistas.



FONTE: AGÊNCIA BRASIL.

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