Publicada em 20/02/2025 às 08h40.
Justiça determina que corregedorias das polícias Civil e Militar apurem condutas no caso do linchamento de Tabira
A determinação foi do juiz João Paulo dos Santos Lima, que teve como base o linchamento e morte de um dos suspeitos de ter causado a morte de uma criança de dois anos

Foto: Divulgação.    


 O juiz da Vara Única de Tabira, João Paulo dos Santos Lima, determinou, nesta quarta-feira (19), que as corregedorias das polícias Militar e Civil de Pernambuco investiguem a conduta dos agentes envolvidos na prisão e condução do casal suspeito de estuprar e matar o menino Arthur Ramos Nascimento, de 2 anos, em Tabira, no Sertão do estado. 

 

Antonio Lopes Sever, mais conhecido como “Frajola”, acabou morrendo depois de ter sido arrancado da viatura e linchado pela população, em uma cena que rodou o país desde a última terça-feira (18). De acordo com o magistrado, os órgãos deverão investigar alegações de violência e omissão policial. 

 

Junto com ele, também foi capturada Giselda da Silva Andrade, também suspeita do caso, escapou do linchamento, mas apresentou marcas de ferimentos na nuca e no peito. 

 

No laudo do Instituto de Medicina Legal (IML), o qual o Diario de Pernambuco teve acesso, está descrito que a suspeita tem um machucado roxo na região torácica com presença de cinco estrias paralelas, semelhante a lesões que ocorrem em casos de tapa. 


O laudo ainda destaca que ela apresenta um pequeno ferimento no couro cabeludo. 


“Diante da alegação de violência policial praticada pelos agentes do Estado contra a custodiada, o fato deve ser rigorosamente apurado pelas instâncias correcionais, observado o devido processo legal e seus consectários”, determina o juiz João Paulo. 

 

Ainda na decisão, foi registrado que o mandado de prisão do casal foi cumprido por policiais do 23ª Batalhão da Polícia Militar e do Batalhão Especializado de Policiamento do Interior (BEPI), bem como por policiais civis. Todos serão investigados. 

 

“Comunique-se às corregedorias da Polícia Militar e da Polícia Civil para regular apuração das alegações de violência policial, e eventuais condutas omissivas no tocante à custódia da presa e do custodiado falecido em decorrência de linchamento público”, destaca o juiz na decisão.

 

Após presenciar o linchamento do companheiro, Giselda precisou ser encaminhada sob sigilo para a carceragem da Delegacia de Arcoverde. Ela passou por uma audiência de custódia por videoconferência e ficará presa de forma preventiva.



FONTE: DIARIO DE PERNAMBUCO.




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