Foto: Divulgação.
A China não deixou barato e decidiu elevar ainda mais as tarifas de importação sobre produtos americanos, em resposta à escalada tarifária de Donald Trump. O Ministério das Finanças chinês afirmou nesta quarta-feira que vai aumentar para 84% as taxas sobre importações dos Estados Unidos a partir de amanhã.
A medida representa um aumento expressivo em relação aos 34% anunciados pelo governo chinês na semana passada e aprofunda as tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo, em um contexto de disputas por influência global e proteção de mercados internos.
A China também adicionou seis
empresas americanas à sua lista de instituições não confiáveis e 12
organizações dos EUA à sua lista de controle de exportações.
Escalada da guerra comercial
Em 2 de abril, Trump anunciou tarifas de importação sobre todos os países, as
chamadas tarifas recíprocas, com exceção de México e Canadá, com os quais os
EUA têm um acordo comercial de longa data.
A taxa recíproca mínima sobre os produtos importados pelos EUA passou a ser de 10%. Essa tarifa passou a vigorar no sábado passado. O Brasil e a Argentina, por exemplo, estão nesse grupo.
Mas o percentual da taxa sobre muitas nações foi maior e entrou em vigor nesta quarta-feira. No caso da China, a tarifa total a partir de hoje será de 104% (20% que já estavam em vigor desde o início do ano, mais 34% de tarifas recíprocas anunciadas na semana passada e mais 50% de tarifa extra anunciada nesta semana, em retaliação à primeira resposta chinesa ao tarifaço).
O objetivo de Trump com o tarifaço é fazer com que empresas ao redor do mundo abram fábricas nos EUA, gerando emprego e dinamizando a economia nacional.
Mas muitos analistas avaliam que a tributação das importações vai elevar o preço dos produtos consumidos nos EUA, já que muitas indústrias têm cadeias de suprimentos globais e precisam de peças compradas no exterior.
Economistas dizem ainda que há risco de recessão para os EUA e desaceleração da economia mundial.
FONTE: FOLHA PE.