Publicada em 28/04/2025 às 10h38.
Conclave para escolha do novo Papa começará em 7 de maio; entenda como vai ser
Votação secreta vai durar vários dias.

Foto: Divulgação.      


 Após reunião realizada nesta segunda-feira (28) para definir os próximos passos dos ritos, os cardeais decidiram que o conclave para a escolha do novo pontífice terá início em 7 de maio. A informação foi dada pelo porta-voz do Vaticano.


Na quarta-feira da próxima semana (7), os cardeais participarão de uma missa solene na Basílica de São Pedro, após a qual aqueles com direito a voto-os que têm menos de 80 anos - se reunirão na Capela Sistina para uma votação secreta que pode durar vários dias, o chamado Conclave, informou o porta-voz Matteo Bruni.


Como vai funcionar o Conclave?


O conclave, que tem séculos de história, mas só começou a ganhar o formato atual e a isenção de interferências externas ao longo do século XX, acontece na Capela Sistina, a portas fechadas. É da chaminé dela que saem a fumaça preta, quando ainda não houver a escolha de um novo Papa, e a branca, quando um novo Pontífice for definido.


O período de escolha, quando um Papa morre ou renúncia, é chamado de Sé Vacante. Enquanto não há um novo Papa, o Colegiado de Cardeais e o Camerlengo comandam a Igreja e as questões administrativas do Vaticano. Paralelamente, os cardeais são convocados para as reuniões pré-conclave, que definem as datas e todos os detalhes do processo. Giovanni Battista Re, atual decano do Colegiado de Cardeais, preside as reuniões. 



Foto: Divulgação. 


 Uma vez que o processo esteja alinhado, os cardeais se preparam para entrar em isolamento total do mundo exterior. O acesso a telefones, internet, TV, jornais e demais meios de informação não é permitido após o início do conclave. Eles se hospedam na Casa de Santa Martha, que, assim como a Capela Sistina, fica trancada.


Na manhã do início, o colegiado se reúne na Basílica de São Pedro para a missa solene "Pro eligiendo Pontifice". De lá, vão em procissão para a Capela Sistina entoando a oração "Litania sanctorum" (a Ladainha de Todos os Santos), seguida pelo "Veni, Creator Spiritus", pedindo a intervenção do Espírito Santo e de todos os santos, enquanto assumem seus lugares diante da obra "Juízo Final", de Michelangelo, que fica no altar da capela.


Os cardeais fazem um juramento de segredo — passível de excomunhão em caso de quebra — válido durante e após o conclave, jurando também não apoiar interferências no processo.


Dois terços dos votos


Feito o juramento, o condutor da cerimônia dá a ordem "Extra omnes" ("todos para fora") e aqueles que não fazem parte do conclave deixam a capela. Cabe a um cardeal ler sobre as qualidades necessárias e os desafios do novo Papa.


Permanecem nos arredores apenas funcionários de segurança, mestres de cerimônia e outros oficiais essenciais para a logística do rito.

 

O processo pode ter até 120 cardeais votantes e elegíveis — atualmente, a Igreja tem 252 cardeais, sendo 135 com direito a voto. Aqueles com mais de 80 anos não votam.



Foto: Divulgação.     


 Para ser escolhido o novo Papa, é necessário conquistar dois terços dos votos válidos. Caso não haja consenso no primeiro dia, o conclave vai para um segundo dia, com mais quatro processos de votação: dois pela manhã e dois pela tarde.


Se não houver um nome escolhido no terceiro dia, dá-se uma pausa de um dia para orações e o processo de quatro votações é repetido na sequência.


Cada um dos cardeais eleitores escreve sua escolha em um papel com os dizeres: "Eligo in summen pontificem" (elejo o Sumo Pontífice). Eles se aproximam do altar, um a um, e dizem: "Convoco como minha testemunha Cristo, o Senhor, que será o meu juiz, de que meu voto é dado àquele que, diante de Deus, eu acredito que deva ser eleito."


Nove cardeais são sorteados para funções específicas: três para compor a mesa de votação, três para recolher votos (quando necessário) e outros três para supervisionar a mesa.


Para contar os votos, as cédulas são perfuradas na palavra "eligo" com uma agulha e uma linha, formando uma espécie de cordão, e são queimadas com substâncias químicas específicas. É aí que são produzidas as fumaças — preta ou branca.


Eleito, o novo Papa é perguntado se aceita o cargo e escolhe sua nomenclatura ainda durante o conclave. Ele então é apresentado na Praça São Pedro sob o anúncio “Annuntio vobis gaudium magnum: Habemus Papam” (Com grande alegria, anuncio que temos um Papa), encerrando o processo formal.




FONTE: FOLHA PE.







       






        



     

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