O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) divulgou uma nota, neste domingo (11/5), em que saúda o acordo de cessar-fogo pactuado entre a Índia e o Paquistão. A trégua foi anunciada nesse sábado (10/5), pouco após a escalada do conflito, que deixou ao menos 13 civis mortos na Caxemira paquistanesa.
“A decisão representa passo positivo em direção à construção da confiança mútua e à diminuição das tensões na região”, diz o Ministério das Relações Exteriores, em nota.
“O Brasil reafirma seu firme compromisso com a promoção da paz, da estabilidade e do diálogo como único meio de resolução de controvérsias e encoraja as partes a prosseguirem com os esforços diplomáticos com vistas à paz duradoura e ao bem-estar de suas populações, da região do Sul da Ásia e do mundo”, completa.
Conflito entre Índia e Paquistão
Em 22 de abril, um ataque terrorista na Caxemira reacendeu a tensão histórica entre Índia e Paquistão. Segundo Nova Déli, a ação provocou a morte de 26 pessoas e teria sido apoiada por Islamabad.
Como resposta, a Índia lançou uma série de bombardeios contra o território do Paquistão, e em áreas na Caxemira controladas por Islamabad.
A operação militar indiana provocou retaliação rápida. Horas após ser atacado, o Paquistão iniciou ataques contra posições indianas na linha de controle entre os dois países na Caxemira.
O acordo, mediado pelos Estados Unidos, prevê o fim de “todos os disparos e ações militares por terra, ar e mar” e convoca uma nova reunião entre os países em 12 de maio.
Apesar disso, autoridades indianas acusaram, neste sábado, o Paquistão de violar o cessar-fogo. Segundo o ministro chefe da Caxemira e Jammu indiana, Omar Abdullah, atividades militares foram registradas na cidade de Srinagar.