Foto: Divulgação.
Morreu, nesta terça-feira
(13), Jose “Pepe” Mujica, ex-presidente do Uruguai, escritor e agricultor, aos
89 anos. Ele enfrentava um câncer no esôfago e já estava com a saúde debilitada
há alguns anos.
Ainda na última segunda-feira
(12), sua esposa e ex-vice-presidente, Lucía Topolanski, informou a um veículo
de comunicação do Uruguai que Mujica estava em “estado terminal”. O câncer
teria se espalhado por seu corpo, e ele não queria mais passar pela tentativa
de tratamento da metástase. Até então, ele recebia cuidados paliativos apenas
para aliviar a dor.
Mujica nasceu em Montevidéu,
no dia 20 de maio de 1935. Filho de pai agricultor, ele manteve a prática
durante toda sua vida. Até quando foi presidente do Uruguai, ele não abriu mão
de sua casa simples em uma área rural, e fez duras críticas ao capitalismo e ao
consumismo exacerbado.
Ex-guerrilheiro, Pepe fundou
partido e foi ativo no combate à ditadura militar em seu país, na década de 70.
Quando chegou à presidência, em 2010, seu governo foi marcado por avanços na
educação, segurança, meio ambiente e energia. O Uruguai se destaca, desde
então, no Mercosul, como o primeiro país do bloco que legalizou e regulamentou
temas de cunho social, como aborto e o casamento homoafetivo.
Governo do Brasil se manifesta
O Ministério das Relações
Exteriores publicou uma nota se manifestando sobre o falecimento de Mujica.
Chamado de “grande amigo do Brasil”, o texto relembra os feitos do
ex-presidente.
“Em 5 de dezembro do ano passado, durante visita a Montevidéu, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva condecorou “Pepe” Mujica com a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, a mais alta condecoração oferecida pelo Brasil a cidadãos estrangeiros. Na ocasião, o Presidente da República referiu-se ao ex-Presidente Mujica como “a pessoa mais extraordinária” entre os presidentes com quem conviveu”, diz a nota.
FONTE: AGÊNCIA BRASIL.