Publicada em 05/10/2016 às 16h35.
TCU e TSE identificam 200 mil casos de possíveis fraudes em doações no 1º turno
É a primeira análise feita após o primeiro turno, que aconteceu no domingo (2).

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou nesta quarta-feira (5) que, juntamente com o Tribunal de Contas da União (TCU), identificou 200.011 casos com possíveis indícios de irregularidades nas receitas e despesas de campanhas, totalizando R$ 659,3 milhões. É a primeira análise feita após o primeiro turno, que aconteceu no domingo (2).

 

Segundo o TSE, entre os indícios levantados pelos técnicos estão:

 

- 37.888 doadores inscritos no Programa Bolsa Família que doaram R$ 36.877.030,61

 

- 55.670 doadores desempregados que desembolsaram R$ 84.293.201,68

 

- 24.646 doadores cuja renda conhecida é incompatível com o valor doado que destinaram R$ 207.119.049,07 para as campanhas

 

- 43.382 casos com concentração de doadores em uma mesma empresa com desembolso de R$ 90.787.549,74

 

- 14.510 doadores sócios de empresas que recebem recursos da administração pública que deram R$ 187.263.765,45

 

- Doadores de campanha mortos aumentou de 143 para 250.

 

Os casos específicos citados pelo TSE são:

 

- uma pessoa que recebe Bolsa Família e fez uma doação de R$ 1,2 milhão em bens e serviços estimáveis em dinheiro

 

- pessoa física sem renda doou R$ 1,030 milhão

 

- 35 pessoas físicas que efetuaram doações acima de R$ 300 mil tendo renda incompatível

 

- professor universitário que doou R$ 300 mil

 

- sócio de empresa de candidato que doou recursos próprios de R$ 3 milhões

 

- segundo maior empregador privado atua na área de educação superior e onze de seus empregados injetaram R$ 616 mil em campanha

 

Com relação a fornecedores, foram detectados os seguintes indícios de irregularidades:

 

- empresa, cujo sócio é beneficiário do Programa Bolsa Família, prestou serviço de R$ 1,75 milhão

 

- dois fornecedores de campanha com situação inativa ou cancelada que prestaram serviços de campanha acima de R$ 400 mil

 

- empresa de transporte e turismo com dois funcionários e contratada para a campanha por R$ 187 mil

 

- empresa de filiado a partido, aberta em junho de 2016, e que prestou serviço no valor de R$ 250 mil.

 

As informações estão sendo rastreadas pela Justiça Eleitoral e passadas ao Ministério Público para verificar, caso a caso, se há irregularidades. Dependendo da gravidade, as punições variam entre multa e cassação do registro do candidato, caso comprovado abuso.



 

 

 

 



G1

Os comentários abaixo não representam a opinião do Portal Nova Mais. A responsabilidade é do autor da mensagem.
TODOS OS COMENTÁRIOS (0)



Login pelo facebook
Postar
 
Curiosidades
Policia
Pernambuco
Fofoca
Política
Esportes
Brasil e Mundo
Tecnologia
 
Nova + © 2024
Desenvolvido por RODRIGOTI