Publicada em 07/10/2016 às 12h09.
Tecnologias 3D ajudam na preservação de peças arqueológicas
Atualmente, existem muitas técnicas de reconstrução 3D aplicadas à documentação do patrimônio arqueológico no Brasil.

Cerca de 70 pesquisadores de dez estados participam até amanhã (7), no Museu de Astronomia de Ciências Afins (Mast), em São Cristóvão, zona norte do Rio, do 4° Seminário sobre Preservação de Patrimônio Arqueológico. O evento, aberto na quarta-feira (5), debate vários temas ligados à área,  com destaque para as novas tecnologias, como a digitalização em 3D, abordada em conferência feita hoje (6).


Atualmente, existem muitas técnicas de reconstrução 3D aplicadas à documentação do patrimônio arqueológico no Brasil. O próprio Mast  desenvolve, em parceria com o Laboratório de Computação Gráfica da Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (COPPE/UFRJ) e pesquisadores do Visual Computing Lab da Itália, projetos de modelagem e digitalização complementares à tarefa de restauro.


“Na arqueologia, é um grande avanço, porque exclui o uso de técnicas tradicionais de moldagem de gesso, que podem comprometer a integridade dos artefatos”, explicou Guadalupe Campos, pesquisadora do Mast e coordenadora do seminário. Ela diz que a pesquisa ainda inédita no Brasil, desenvolvida por pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e do Mast, de um sensor de baixo custo, que usa um método eficaz e econômico capaz de fazer reconstruções em 3D.


“A pesquisa utiliza dados adquiridos pelo sensor Kinect de artefatos metálicos resgatados de um sítio arqueológico funerário localizado na Igreja São Gonçalo Garcia e São Jorge, no Rio de Janeiro. Esses dados podem ser utilizados para criar e disseminar réplicas digitais. O Kinect possui grande potencial, pois tem um preço acessível em comparação com outros sensores, como o Laser Scanner”, descreveu a pesquisadora. O Kinect é um sensor de movimentos, que já vem sendo utilizado por equipes no exterior para digitalizar em 3D sítios arqueológicos e artefatos.


Outro destaque no seminário são as discussões em torno dos modos de conservação de peças encontradas em escavações arqueológicas, como moedas, brincos e botões. Um exemplo disto ocorre quando um arqueólogo retira um objeto metálico enterrado há décadas no solo, de um local onde havia um equilíbrio com o ambiente que  mantinha essa peça em certa estabilidade. Com a mudança brusca, existe a possibilidade do processo de deterioração de determinadas peças ser acelerado drasticamente.


Em uma iniciativa inédita no País, o Mast desenvolve pesquisas para determinar a implantação e a divulgação de procedimentos de conservação adequados para esse tipo de objetos. O projeto é feito em parceria com o Centro de Tecnologia Mineral (Cetem), a Escola de Engenharia Metalúrgica (PUC-Rio), o Instituto de Arqueologia Brasileira (IAB) e o Laboratório de Instrumentação Nuclear da Coppe/UFRJ.


Além das conferências, o seminário tem a apresentação de 26 trabalhos e o lançamento do livro  Lagoa Santa: História das Pesquisas Arqueológicas e Paleontológicas, dos pesquisadores Pedro Da-Gloria, Walter A.Neves e Mark Hubbe.

 

 Raphael Lima/Prefeitura do Rio

 

 

Agência Brasil

 

 


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