(NE10)
O próximo passo da Operação Arquibancada, da Polícia Civil de Pernambuco, será aprofundar as investigações em torno das torcidas organizadas Fanáutico (Náutico) Inferno Coral (Santa Cruz) e Torcida Jovem (Sport) e seus membros para investigar crimes fiscais e enquadrar as facções como organizações criminosas. Hoje tais grupos são tidos pelas autoridades como associações criminosas.
A suspeita do comandante da operação, delegado José Silvestre Júnior, encontra indícios no material apreendido e nas práticas encontradas na sedes das torcidas que foram alvo da Polícia Civil na manhã desta quarta-feira (28). Os dois crimes suspeitos são lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. Segundo o Silvestre, as organizadas vendem uma série de produtos, ganham royalties mas não há controle formal do que é vendido.
“Existe a possibildiade de lavagem de dinheiro e sonegação fiscal, pois não há controle de vendas nem notas fiscais. Estamos fazendo um trabalho com a Secretaria da Fazenda para levantarmos isso. Eles se portam como organizações criminosas e é isso que estamos tentando mostrar. É mais que associação criminosa, o que nos permite chegar ao raciocínio de que tem largo campo a investigar”, disse.
Essa investigação seguirá em paralelo com os trabalhos para identificar os criminosos nos três inquéritos que levaram à deflagração da Operação Arquibancada. Alguns dos suspeitos detidos já têm passagem pela polícia por outros eventos não ligados a jogos de futebol.
Foram apreendidos dois revólveres calibre 38, que levou à prisão de outras duas pessoas em flagrante. Os suspeitos estavam envolvidos em três incidentes relacionados a jogos de futebol: brigas no Terminal Integrado da PE-15 após o Clássico das Emoções (no dia 17 de outubro), tumulto em frente a sede do Náutico (em 8 de setembro) e o arrastão das torcidas nas imediações do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) (18 de outubro).
