(G1)
A comerciante que alugava o pula-pula onde um menino foi encontrado morto sentiu-se ameaçada após o incidente no domingo (1º) e saiu da cidade de Barra de Sirinhaém, na Zona da Mata Sul de Pernambuco. Maria Nazaré Bezerra, de 50 anos, costumava instalar os brinquedos e cobrar pela brincadeira na praça. Ela prestou depoimento, foi liberada pela polícia, e deve depor novamente na próxima terça-feira (2).
O corpo de Paulo Henrique Ferreira, de 3 anos, foi encontrado depois que Maria Nazaré murchou o brinquedo inflável, na manhã de domingo. Revoltada, a população ateou fogo ao brinquedo depois da retirada do corpo. [Veja no vídeo abaixo] A polícia quer saber se o menino estava dentro do brinquedo quando ele foi desligado e como ele morreu.
O pescador Cleibson José Ferreira, pai da criança, ficou revoltado. “Quem perdeu fui eu, né? Tanto eu como a mãe [dele], minha avó, minha mãe. É triste. Pra gente é triste, é triste mesmo”, falou. “Era tudo pra mim aquele meu neto. Tudo que eu tinha na minha vida eu perdi”, afirmou o pescador José dos Santos Ferreira, avô da criança.
A família contou que, no sábado (31), Paulo Henrique pediu dinheiro ao avô para brincar no pula-pula e desapareceu. Desesperados, os parentes passaram a noite fazendo buscas. A família chegou a contratar um carro de som, que rodou o município com a foto dele, pedindo que as pessoas informassem se tivessem notícias. O corpo do menino só foi encontrado pela prima por volta das 9h do domingo.
“A gente nunca ia pensar que ele estava morto. A gente pensava que ele estava perdido, que alguém pegou ele”, contou a prima da criança, a pescadora Maria Aline do Nascimento. Várias crianças que costumavam brincar com Paulo Henrique foram ao local da morte no domingo, tristes com a perda.
O corpo foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Sirinhaém. A família ainda não tem informações sobre velório e enterro.