Publicada em 06/06/2017 às 17h01.
28% dos recém-nascidos pernambucanos não fazem o teste do pezinho
Nesta terça-feira (6), é celebrado o Dia Nacional do Teste do Pezinho. Exame deve ser feito entre o 3º e 5º dia de vida do bebê.

Em 2016, mais de 2,3 milhões de recém-nascidos fizeram o Teste do Pezinho em todo o país.Triagem serve para fazer a detecção precoce de doenças / Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Em 2016, mais de 2,3 milhões de recém-nascidos fizeram o Teste do Pezinho em todo o país.Triagem serve para fazer a detecção precoce de doenças
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Em Pernambuco, uma média de 72% dos recém-nascidos faz o Teste do Pezinho, percentual que aumentou em relação a 2007, que tinha uma cobertura de 55%. Mesmo assim, 28% dos recém-nascidos ainda não chegam aos serviços de saúde para fazer o teste. O Ministério da Saúde preconiza que o ideal é uma cobertura acima de 90%. Outra questão é que apenas 20% das crianças chegam aos serviços no período ideal, entre o 3º e o 5º dia de vida.

O exame deve ser feito nos primeiros dias de vida, mais exatamente entre o 3º (72 horas completas) e o 5º dia após o nascimento, Nesta terça-feira (6) é celebrado o Dia Nacional do Teste do Pezinho e o Ministério da Saúde aproveita para reforçar a importância do exame. Ele é capaz de indicar a existência de doenças genéticas, endocrinológicas e metabólicas que não apresentam evidências clínicas no nascimento.


O procedimento é simples: por meio de uma punção no calcanhar, são retiradas algumas gotas de sangue, que são aplicadas em um papel-filtro, encaminhado, em seguida, para análise no Laboratório Central de Pernambuco (Lacen). A partir disso, é possível diagnosticar, precocemente, quatro doenças que, se não tratadas, podem deixar sérias sequelas nos meninos e meninas. São elas: Fenilcetonúria, Hipotireoidismo Congênito, Fibrose Cística e Doença Falciforme e Outras Hemoglobinopatias.


Atualmente, a Rede de coleta do teste do pezinho possui 220 pontos ligados ao Sistema Único de Saúde (SUS) espalhados por 183 municípios pernambucanos (99,45%). Apenas Paudalho ainda não possui ponto de coleta, que está sendo estruturado. Em 2016, mais de 2,3 milhões de recém-nascidos fizeram o Teste do Pezinho em todo o país. 


“Essa triagem serve para fazer a detecção precoce de doenças. O ideal é diagnosticá-las na fase pré-sintomática para que se possa fazer o tratamento e minimizar os danos à criança”, disse a pediatra e neonatologista do Departamento Científico de Neonatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, Silvana Salgado Nader.


Ela explica que a rede pública de saúde de cada estado disponibiliza os testes conforme sua prevalência de doença. “É importante que ele seja realmente feito, que as pessoas tenham consciência do exame, assim devem valorizar o serviço, buscar o resultado e apresentar ao médico”, disse Silvana.

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece o Teste do Pezinho para seis doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme, fibrose cística, deficiência de biotinidase e hiperplasia adrenal congênita. Os testes feitos pelo SUS cobrem 76,91% dos nascidos vivos no Brasil. Em 2016, foram realizados 8.794.291 exames para identificar as doenças, a um custo de R$ 94,2 milhões.


ACOMPANHAMENTO

O Ministério da Saúde ressalta que o SUS também garante atendimento com médicos especialistas para as seis doenças, tratamento adequado e o acompanhamento da criança com a doença por toda a vida nos serviços de referência em triagem neonatal existentes em todos os estados.


Desde 1992, o Teste do Pezinho se tornou obrigatório em todo o território nacional e hoje está previsto no Programa Nacional de Triagem Neonatal, adotado pelo Ministério da Saúde desde 2011. Pelo programa, o SUS disponibiliza acesso universal e integral às triagens, conhecidas como Teste do Pezinho, da Orelhinha, do Olhinho, da Linguinha e do Coraçãozinho.

 

 

JC

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