Publicada em 06/11/2015 às 11h07.
Greve dos petroleiros começa a afetar produção de refinarias
Ainda não há, porém, problemas de abastecimento do mercado

(FOLHAPE)

 

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) afirmou nesta quinta-feira (5) que a greve começa a afetar a produção nas duas principais refinarias do país, em Duque de Caxias (RJ) e Paulínia (SP). Ainda não há, porém, problemas de abastecimento do mercado. Segundo a entidade, a produção de coque de petróleo foi afetada nas duas refinarias. O coque é um subproduto do refino usado na alimentação de fornos, por exemplo. Segundo o Sindicato dos Petroleiros de Duque de Caxias, a expectativa é que outras unidades sejam afetadas nos próximos dias.

 

A operação das refinarias vem sendo feita por equipes de contingência da Petrobras. A estatal tem recorrido à Justiça para garantir o desbloqueio dos acessos às instalações, ocupados por grevistas. Além de refinarias, a greve afeta operações em unidades logísticas, o que pode dificultar o transporte de petróleo e derivados. De acordo com o Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista (Sindipetro-LP), o Terminal de São Sebastião (Tebar), está operando com 20% de sua capacidade.

 

Principal terminal petrolífero do país, o Tebar é responsável pelo envio de petróleo às refinarias de São Paulo. No mercado, porém, ainda não há sinais de desabastecimento. Segundo o Sindicato das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom), não houve nenhum problema de entrega de combustíveis pelas refinarias até esta quinta.

"Há estoques nas refinarias, nas distribuidoras e em trânsito, nos navios e dutos. Não sabemos qual o volume, mas vai segurar por algum tempo se houver parada nas refinarias", disse o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes de São Paulo (Sincopetro), José Alberto Paiva Gouveia. Ele diz que as entregas esta semana foram feitas normalmente e que as preocupações do setor estão voltadas para a possibilidade de greve dos caminhoneiros. "Aí, sim, o efeito é imediato", afirmou.

 

"O combustível vai de caminhão da refinaria de Paulínia, em São Paulo, até a região. É uma logística mais difícil", concorda Nelson Soares Junior, diretor-executivo do SindiPetróleo de Mato Grosso. Postos de Sorriso e São Lucas do Rio Verde, na região Norte do Mato Grosso, tiveram problemas de abastecimento na greve dos caminhoneiros em fevereiro.

 

De acordo com o presidente do Sindicombustíveis (Sindicato dos Distribuidores de Combustíveis) da Bahia, José Augusto Costa, a paralisação atinge pelo menos cinco bases de distribuição no Estado, que operam mais lentamente, mas sem interrupção do fornecimento. Desde terça-feira (3), disse, que caminhões são enviados das regiões centrais do estado para o interior, onde petroleiros fizeram piquetes na porta dos centros da Petrobras em Itabuna e Jequié. As bases recebem combustível da refinaria Landulpho Alves, em Mataripe, e revendem para os distribuidores.

 

"Precisamos esperar alguns dias para dizer se poderá haver ou não desabastecimento. Se dissermos já que haverá falta de combustível, as pessoas vão correr para os postos e aí sim faltará produto", disse. Questionada sobre o assunto, a Petrobras ainda não respondeu. A empresa tem divulgado balanços diários da greve no fim da noite.

Os comentários abaixo não representam a opinião do Portal Nova Mais. A responsabilidade é do autor da mensagem.
TODOS OS COMENTÁRIOS (0)



Login pelo facebook
Postar
 
Curiosidades
Policia
Pernambuco
Fofoca
Política
Esportes
Brasil e Mundo
Tecnologia
 
Nova + © 2024
Desenvolvido por RODRIGOTI