Um levantamento feito pela Associação dos Delegados de Polícia do Estado de Pernambuco (Adeppe) contatou que o Governo de Pernambuco gasta cerca de R$ 6 milhões ao ano com aluguel de prédios para delegacias. Só o Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), que é composto por quatro delegacias: Estelionato, Roubos e Furtos, Furto de Veículos e Roubo de Carga, custa R$ 96.842,13 ao mês aos cofres públicos, sem contar a reforma que foi feita para o prédio começar a funcionar no ano de 2012, no valor de mais de R$ 1 milhão.
Segundo o levantamento da Adeppe, há muitos imóveis alugados pela instituição com preços altíssimos. Entre os mais caros, estão o depósito de bens apreendidos pela polícia, no Curado (R$ 81,8 mil); o complexo policial de Paulista (R$ 39,6 mil); a Delegacia do Cabo de Santo Agostinho (R$ 12,3 mil); e o complexo de Santa Cruz do Capibaribe (R$ 12 mil).
(Reprodução da TV Jornal)
Para o presidente da Adeppe, Francisco Rodrigues, o gasto não garante a estrutura básica para o trabalho da polícia em muitas delegacias, principalmente nas cidades do interior. “Todas as casa são residências, mal adaptadas para funcionar como delegacias, e quem é que sofre com isso? Primeiro, o público interno, os policiais, que não tem uma estrutura adequada para trabalhar, e em consequência disso, o trabalho não é bem realizado e prejudica a própria população da cidade.”, denuncia o presidente da entidade.
De acordo com o Governo do Estado, o cenário da economia do país dificulta novos investimentos na Polícia Civil. "Há projetos para reforma de imóveis e para construções sendo que o cenário do país é de um cenário recessão, temos que aguarda melhoria econômicas do pais para fazer investimentos mais altos na Policia Civil", afirma o assessor da Diretoria Geral de Administração de Pernambuco. Ricardo Macário. O Governador Paulo Câmara afirmou que todos os contratos de aluguel foram feitos com base em estudos técnicos e que foram realizados investimentos pra melhoria das delegacias. "A gente vai ver exatamente o que pode ser investigado, e se tiver algo errado, vamos corrigir", conclui.
TV Jornal