Publicada em 26/02/2016 às 16h59.
Idosa com câncer perde cirurgia por falta de anestesista no HUOC
Ela só tem mais 14 dias pra realizar a operação", denunciou o filho da paciente, o professor Marcelo Ramos.

Uma idosa de 67 anos, há cerca de um ano diagnosticada com câncer, aguarda desde a terça-feira da semana passada no no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), no Recife, a realização de uma cirurgia para a retirada do esôfago para procedimento de biópsia.



Moradora da cidade de Negras, interior de Pernambuco, a paciente vem sendo submetida a sessões de quimio e radioterapia e, de acordo com a família, deveria realizar a cirurgia nesta sexta-feira. "Mesmo sem condições financeiras estamos indo a Recife constantemente à procura de ajuda... Hoje, minutos antes da realização da cirurgia, ficamos sabendo que não seria realizada por conta da falta de uma anestesista. Minha mãe já se encontra com o médico com reserva na UTI e a direção do hospital impossibilitou a realização da cirurgia e nem sequer determinou uma data fixa, alegando que o médico se precipitou e não poderia realizar  hoje... Estamos aqui sem o que fazer! Estamos há mais de um ano mendigando atendimento e sem forças pra continuar... Ela só tem mais 14 dias pra realizar a operação", denunciou o filho da paciente, o professor Marcelo Ramos.



Procurada pelo Diario, a Gestão Executiva do Hospital Universitário Oswaldo Cruz da Universidade de Pernambuco (Huoc/UPE) reiterou que o médico cirurgião não poderia ter marcado o procedimento cirúrgico em data e horário que não estivesse no mapa das cirurgias, pois não haveria anestesiologista disponível para tal, informando que o procedimento continua suspenso.



Em nota, a direção da unidade de saúde explicou o passo a passo para a realização da escala médica para marcação de cirurgia na unidade:



1- Existe no bloco cirúrgico um mapa das cirurgias marcadas, que são montados em função dos dias destinados a cada cirurgião;
2-Os cirurgiões responsáveis pelos procedimentos têm suas escalas definidas na quinta-feira, a cada 15 dias.  Isso implica, também, na definição do anestesista e das horas da anestesia, uma vez que a escala é feita pela complexidade da cirurgia;
3-O profissional médico, responsável pela cirurgia em questão, sabia que não estava na escala de cirurgias para hoje e que o procedimento não estava no mapa cirúrgico. O mesmo insistiu e chegou a falar com o anestesista, que por sua vez justificou que não seria possível por não ser o dia dele operar e por isso não poderia incluir no mapa.

 

 

FONTE:DIARIODEPERNAMBUCO.

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