Sebastian Vettel recebeu a bandeirada do GP do Brasil na terceira colocação, 6 segundos e 488 milésimos depois de Lewis Hamilton, segundo colocado, e a 14 segundos e 244 milésimos do vencedor, Nico Rosberg, ambos da Mercedes. Foi a sétima vez em 18 etapas disputadas que os pilotos da Mercedes conquistaram a dobradinha com Vettel em terceiro. Mas na corrida de Interlagos o resultado teve significado diferente: foi a menor diferença imposta pela Mercedes, em condições normais, sem chuva ou safety car, para aFerrari.
O GloboEsporte.com solicitou na coletiva depois do pódio a análise de Vettel a esse respeito. O resultado é importante por permitir aos milhões de fãs da Ferrari acreditar ser possível, em 2016, com o novo carro e a nova unidade motriz, poder lutar pelas vitórias com a Mercedes. “Estamos bem mais próximos deles que no começo da temporada, fruto de muito trabalho. Melhoramos nosso motor, os pessoal em Maranello fez um milagre este ano.” O desenvolvimento do modelo SF-15-T foi notável.
Sebastian Vettel comemora terceiro lugar em Interlagos (Foto: Getty Images)
Dia 29, Vettel e os tifosi terão mais uma oportunidade de verificar o quão mais perto a Ferrari está da Mercedes neste final de campeonato. O GP de Abu Dabi, no Circuito Yas Marina, será o 19º e último do calendário. “Estou confiante que lá seremos até um pouco mais competitivos”, afirmou Vettel.
O alemão falou mais: “Nós avançamos, mas desejamos chegar bem mais perto deles, até mesmo na frente. Sabemos que para isso precisamos de um grande salto adiante, mas é nosso objetivo. Estabelecemos metas elevadas para 2016, queremos nos transformar nos favoritos e não ter de esperar que algo aconteça com eles para nos beneficiarmos”.
Na Austrália, abertura do Mundial, Vettel também terminou em terceiro, atrás de Hamilton e Rosberg, mas a 34 segundos e 523 milésimos do inglês. Em Bahrein, a 43 segundos e 989 de Hamilton. Na primeira prova na Europa, na Espanha, Vettel chegou em terceiro, 45 segundos e 342 depois de Rosberg. No Canadá, quinto, a 49 segundos e 903 milésimos de Hamilton. Em Silverstone, o piloto da Ferrari recebeu a bandeira em terceiro, com 25 segundos e 443 de atraso para Hamilton.
Outro dado relevante em Interlagos é o fato de a Ferrari ter sido a única equipe que não tomou uma volta de Rosberg e Hamilton. Kimi Raikkonen, companheiro de Vettel, foi quarto, a 47 segundos e 543 de Rosberg. Mas o finlandês não produz no mesmo nível de Vettel, desde o início do campeonato, haja vista que soma 135 pontos diante de 266 do alemão, praticamente 50%, apenas, dos pontos.
Ferrari de Sebastian Vettel durante GP do Brasil, em São Paulo (Foto: Getty Images)
Valtteri Bottas, da Williams, quinto colocado, completou 70 voltas, uma a menos dos carros da Mercedes. E daí para a frente, até Fernando Alonso, da McLaren, 16º, todos tomaram uma volta.
“Nós não fomos rápidos apenas aqui no GP do Brasil. No México (prova anterior) não terminei a corrida, mas meu ritmo era muito bom. Nas duas últimas etapas em condição de corrida nos aproximamos da Mercedes, ainda que nas definições do grid precisamos evoluir mais.” Em Interlagos, Vettel obteve o terceiro tempo, na classificação, 522 milésimos mais lento que Rosberg, o pole position.
As Ferrari de Sebastian Vettel e Kimi Raikkonen na pista de Interlagos (Foto: Getty Images)
Mas ao dividir as 14 segundos e 244 milésimos que Vettel chegou com atraso para Rosberg, neste domingo, por 71, o número de voltas do GP do Brasil, a resultado é 0,200, ou seja, na média Vettel foi dois décimos de segundo mais lento por volta na condição de corrida. É bem menos dos 522 milésimos registrados na classificação, daí o alemão falar da necessidade de melhorar ainda mais na definição do grid.
James Allison, diretor técnico da Ferrari, coordena os trabalhos do modelo de 2016, sob a liderança de Simone Resta nos desenhos, a ser lançado dia 20 de fevereiro, na sede da equipe, em Maranello, assim como Mattia Binotto se concentra no projeto da nova unidade motriz, já que o regulamento permite rever 32 áreas, ou tokens, da versão em uso.
E as mudanças na unidade serão grandes, com a liberação de rever até mesmo itens que estavam congelados, como o bloco do motor turbo. Os treinos da pré-temporada serão de 22 a 25 de fevereiro e de 1º a 4 e março, apenas, no Circuito da Catalunha, em Barcelona.
FONTE: GLOBO ESPORTE
