Publicada em 17/11/2015 às 10h09.
Trabalhadores da construção civil deflagram greve
Aviso já havia sido dado semana passada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e Pesada (Marreta), após oito tentativas de negociação se

 

 

Cerca de 120 mil trabalhadores da construção civil no estado de Pernambuco deflagraram uma greve por tempo indeterminado a partir de hoje. O aviso já havia sido dado semana passada pelo  Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e Pesada (Marreta), após sucessivas tentativas de negociação sem sucesso junto ao sindicato patronal. Com a greve, mais de 500 canteiros de obras serão afetados somente na Região Metropolitana do Recife (RMR). 

De acordo com o Marreta, a campanha salarial vem ocorrendo desde julho, onde a categoria reivindica um reajuste salarial de 20% e valor do tíquete-alimentação no valor de R$ 200, entre outros itens. Além da correção do reajuste salarial, o sindicato reivindica melhorias no café da manhã e almoço oferecidos aos operários e não ampliação de jornada de trabalho aos sábados. 

Já a proposta do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Pernambuco (Sinduscon–PE), que representa a classe patronal, é prorrogar os termos da convenção coletiva de trabalho atual, modificar a data-base da categoria para o dia 1º de abril (atualmente é 1º de outubro) e adiar a pauta de reivindicações para que seja discutida apenas em março de 2016.

“Hoje todos os canteiros de obras já estarão parados. Estamos tentando negociar com os patrões há oito rodadas, mas eles querem postergar a campanha salarial de 2015 para o próximo ano, alegando que a crise na economia não dá condições para atender as reivindicações da categoria. Não podemos aceitar este tipo de imposição que afeta diretamente as condições de sobrevivência dos trabalhadores”, explicou Dulcilene Morais, presidente do Marreta.

Sobre as condições de trabalho, que o Marreta também pleiteia melhorias, Dulcilene Morais destacou que de janeiro até outubro deste ano, o Ministério do Trabalho embargou cerca de 90 obras por apresentarem risco de morte aos operários. A greve deflagrada hoje causa, ainda, receio à classe, uma vez que no fim deste mês os patrões devem pagar a primeira parcela do 13º salário. “Dia 30, o patrão tem que pagar a primeira parcela do 13º. Eles queriam que os operários estivessem em greve sem dinheiro, mas não vamos permitir isso”, completou Dulcilene. 
DP
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