Publicada em 12/03/2016 às 09h44.
Massagem indiana e banho de ofurô podem ajudar bebês com microcefalia
Os bebês com essa condição neurológica normalmente são mais agitados dos que não a tem. As práticas são a Shantala e o banho de ofurô.

Duas técnicas simples podem ajudar pais a proporcionar relaxamento aos filhos que têm microcefalia. Os bebês com essa condição neurológica normalmente são mais agitados dos que não a tem. As práticas são a Shantala e o banho de ofurô. 


O pediatra neonatologista e membro da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) Nelson Douglas Ejzenbaum deixa claro que a massagem e o banho não são soluções para a microcefalia, mas reconhece os benefícios das técnicas, que podem ser aplicadas pelos próprios pais.  


“Há bebês com distúrbios de equilíbrio, de tônus, com problemas visuais e outras coisas que podem ser causadas pela microcefalia. Uma criança com uma tensão muscular mais elevada e mais chorosa vai se beneficiar da Shantala. É uma massagem que relaxa, tira a cólica e melhora a criança”, aponta Ejzenbaum. 


A milenar massagem indiana Shantala pode trazer benefícios para as crianças com microcefalia iStock

A milenar massagem indiana Shantala pode trazer benefícios para as crianças com microcefalia


A enfermeira obstetra Rozely Fontoura, do Espaço Ser Mãe, explica que a Shantala e o ofurô são muito usados para facilitar a adaptação dos bebês nos primeiros quatro meses de vida, a chamada a fase da extero-gestação - uma espécie de adaptação da vida fora do útero materno.


“A Shantala vai favorecer o sistema imunológico do bebê. O toque e o relaxamento fazem com que ele produza hormônios que aumentam a imunidade”, diz. “Não é só uma massagem, mas muito mais do que um toque, pois vai influenciar na saúde”, completa Rozely.  


Paulo Breinis, neuropediatra e professor na Faculdade de Medicina do ABC, pontua que a Shantala é recomendada para qualquer bebê. “É uma forma terapêutica de ter contato com o bebezinho.”


Segundo o Breinis, são várias estimulações sensoriais que acabam ajudando no desenvolvimento do bebê. “É muito gostoso e muito legal. Qualquer estimulação que se faz em um bebê pequenininho ou lactente jovem é boa para ele e para a mãe. Ela terá intimidade e maior contato com o filho.”


Ainda de acordo com o neuropediatra, quando a mãe dá à luz um microcefálico, ela fica decepcionada e isso quebra o vínculo do bebê perfeito.


“Qualquer tipo de aumento de relação mãe-filho é ensinado para aumentar a interação”, destaca.


O banho no ofurô também é indicado para os bebês microcefálicos

iStock

O banho no ofurô também é indicado para os bebês microcefálicos


Como na barriga da mãe

Rozely explica que o benefício do ofurô é ajudar na adaptação do bebê depois que ele sai do útero.


“A partir do momento em que colocamos a criança no baldinho diferenciado (próprio para ofurô), quando ele se mexer vai conseguir tocar as paredes do balde, e isso simula o útero, que era apertadinho”, descreve a enfermeira.  A água deve estar na altura do ombro do bebê e a 37ºC, que é a temperatura do líquido amniótico do útero.


Para a enfermeira, dez a quinze minutos de banho são suficientes para acalmar o bebê. “Vai trazer tranquilidade, acolhimento, segurança e aquela sensação boa de quando ele estava quentinho na barriga da mãe.”


Pela temperatura da água, o ofurô também ajuda no alívio das cólicas. “Qualquer bebê, independentemente de ter uma condição especial ou não, passam por esse processo de exterogestação. Eles querem recordar os momentos que estavam dentro da barriga e sentem um impacto muito grande quando saem, então essa é uma forma de acolher.”


Não é de qualquer jeito

Para que a massagem indiana seja efetiva há alguns pré-requitos, explica a enfermeira obstetra. “O bebê precisa ter sido alimentado há mais de uma hora, pois não pode estar de estômago cheio, já que há movimentos na barriga e elevação das perninhas.”


Além disso, ela recomenda que o bebê não esteja com sono, pois ele ficará irritado. A fome também é um empecilho que impedirá o bebê de receber a massagem. Segundo Rozely, a Shantala pode ser potencializada ao usar óleos essenciais diluidos, como de lavanda e capim-limão. “O óleo aquece em contato com a pele”. O mineral específico para bebês também pode ser usado.


“É indicado fazer a massagem a partir do primeiro mês de vida, mas, se for bem orientado, é possível fazer a partir dos primeiros dias de vida, mas desde que o umbigo já tenha caído”, pondera Rozely.


“Algumas mães não bem orientadas podem usar óleo antes do umbigo estar cicatrizado, podendo causar uma infecção. É justamente por isso é que é mais recomendado a partir dos 30 dias de vida.”

 

 

 

 

FONTE: IG.

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