"Faço um apelo pela paz, vivemos em um momento em que as pessoas têm o direito de ir às ruas e a violência não deve existir de nenhum lado”, disse a presidente Dilma Rousseff neste sábado (12), durante visita às áreas alagadas da Grande São Paulo, sobre os atos contra seu governo marcados para este domingo (13) em várias cidades do País. Dilma ainda pediu para que as manifestações populares sejam tratadas com respeito.
Durante coletiva de imprensa em Franco da Rocha, a presidente falou em liberdade e comparou os dias atuais com o período da ditadura militar. "Nós vivemos numa época especial. Vivi num momento em que se você manifestasse, ia preso. Se discordasse, ia preso. Agora não. Vivemos um momento em que as pessoas podem se manifestar, podem externar o que pensam, e isso é algo que temos de preservar."
Dilma ainda destacou a importância da democracia e condenou qualquer ato de violência. "Não acho que seja cabível, e acho que é um desserviço para o Brasil, qualquer ação que constitua provocação, violência e atos de violência de qualquer espécie", ressaltou.
Um ano após os primeiros protestos pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), manifestantes prometem voltar às ruas neste domingo em 415 atos em todo o País e em 23 cidades do exterior para pedir a deposição da petista em um momento crítico para o PT. Além da presidente, o movimento pró-impeachment também deve centrar fogo no ex-presidente Lula (PT), que nos últimos dias foi alvo da Operação Lava Jato e teve a prisão preventiva pedida pelo Ministério Público de São Paulo por causa do triplex.
CHUVAS - A presidenta disse ter ficado impressionada com a situação das famílias atingidas pelas chuvas entre as últimas quinta (10) e sexta-feiras (11) nas cidades de Franco da Rocha, Francisco da Rocha e Mairiporã, localizadas ao norte da grande São Paulo.
Pela manhã, ela sobrevoou as áreas atingidas, reuniu-se com o governador, Geraldo Alckmin, e prefeitos das cidades atingidas na Escola Superior de Bombeiros, em Franco da Rocha, e visitou o centro cultural da cidade, onde estão abrigadas 50 pessoas.
Dilma destacou o fato de a topografia da cidade ser muito íngreme, o que, por si só, deixa os moradores vulneráveis a desastres ambientais, como deslizamentos de terra. “Fiquei impressionada porque a cidade inteirinha é muito íngreme”, disse.
Segundo a presidenta, os desabrigados poderão se cadastrar na terceira fase do Programa Minha Casa Minha Vida. Para essas cidades, explicou ela, estavam destinadas 1,1 mil unidades nas fases anteriores do programa, mas todas foram distribuídas ou cadastradas. Na etapa 3, o programa tem a meta de entregar três milhões de moradias até 2018.
FONTE: NE10